quinta-feira, agosto 25, 2005

Porquê “calamidade pública”? Mas porquê?!



Porquê “calamidade pública”? Mas porquê?!
Estou farto de ler jornais, ouvir noticias, ver telejornais, e realmente não consegui ver que nenhuma casa de um político, ou terreno tenha ardido. Não consegui descobrir nenhuma figura pública que tenha ficado sem nada, que o seu meio de subsistência tenha ficado no meio das labaredas.
Não me lembro mesmo que alguém das revistas cor-de-rosa tenha ficado sem o pouco, que tinha conseguido ao longo de uma vida de trabalho. Então porque há-de o estado de “calamidade pública” ser decretado em algumas zonas do país? Teria sido decretado, se na zona de São Bento, tivesse ocorrido um fogo, e devastada toda aquela zona, com a casa do primeiro-ministro incluída. Estou a imaginar os senhores deputados sem local de trabalho! Era o descalabro Nacional!!!
Penso mesmo que o país –, o país não, o Mundo – parava para decretar “calamidade pública”.
Outro assunto que não me parece que mereça contestação, tem a ver com os meios de combate a incêndios. Pelo que tenho visto, lido e ouvido, o nosso país tem os meios mais que suficiente e adequados para combater incêndios! Mas ai é “limpinho” e não suscita dúvidas. Não me lembro de nenhum incêndio de 2004 ainda estar aceso e duvido que quando chover que a coisa não acalme em 2005, e que os incêndios deste ano cheguem a 2006, o que quer dizer que afinal os meios são mais que suficientes, pelo menos para os apagar. Agora duvido é que haja meios para que a mata e a floresta portuguesa continue de pé. Penso que vai ser mais difícil, ai vai, vai... mas pelo menos e por enquanto não há notícias de que anda gente a usar os helicópteros para combater os incêndios, para fazerem passeios turísticos.



Apeteceu-me

"Não é só o quente que queima" Charles de La Folie

16 comentários:

margusta disse...

Olá Carlos
Isto realmente é uma vergonha, eu já não suporto ver tanta desgraça.
Vemos florestas que demoram anos a crescer reduzirem-se a cinzas, homens a chorar como crianças porque perderam tudo o que construiram durante uma vida, e depois ainda os que perdem a própria vida.
Tanto se falou no final do Verão passado na prevenção dos incêndios para este ano e ...nada...
Já tenho chorado ao ver a aflição dos que lutam pela vida e pelos haveres que têm.
Enfim é este o nosso Portugal.
Beijocas

Anónimo disse...

Completamente de acordo. Ver as imagens dos incêndios na Tv, ou viajar pelas estradas do centro e norte de Portugal e deparar com imensas áreas de mata ardida até faz doer a alma. Um abraço

Unknown disse...

Meu Deus eu estou desolada meu amigo, isto não é terrorismo!!!é o quê?.
Beijo meu amigo

Luís Filipe C.T.Coutinho disse...

Nunca ouviste dizer que a madeira podre arde mal?

abraço

Manelito disse...

Garrett tinha toda a razão.

Os problemas da sociedade apenas encontrarão solução quando os políticos forem obrigados a mudar de casa de três em três meses.

Só quando a desgraça lhes bater à porta é que tomarão decisões de fundo que corrijam as anomalias ora existentes.

É pena, mas é mesmo assim.

AnaBond disse...

olha... nem mais.

realmente... calamidade? mas passa-se alguma coisa por cá?
acho que não, está tudo de férias...

Micas disse...

Calamidade????que ideia, somos os maiores, tão bons e tão orgulhosos que até dissemos "Não" à ajuda da UE, onde já se viu virem esses senhores importunarem as férias dos nossos políticos sem razão aparente...
Excelente escolha musical, os "Mesa" são realmente uma delicia. Bom fim de semana

Anónimo disse...

“Em Portugal a Alma dos Mortos não ilumina as resoluções dos Vivos, porque o Dr. Oliveira Salazar ainda não reencarnou” – Quitéria Barbuda in “O Desejado”, Revista “Espírito”, nº 17, 2005.

www.riapa.pt.to

Anónimo disse...

As tuas palavras no meu Blog, o que desde já agradeço. Estas são as imagens da calamidade, disso que certas mentes provocam... e essas mesmo que provocam estivessem no meio disso que fazem, a arder? Gostavam? É bom que se pense. Abraço. Samuel

augustoM disse...

É absolutamente compreensível a não declaração de calamidae pública. Se a moda pega o país é capaz de a pedir pela péssima actuação do governo, que é tão garvosa ou mais que os incêndios.
Um abraço. Augusto

Elsa disse...

Eu quase me atrevo a dizer... ainda bem que as fotos não têm cheiro! Porque senão nem essas nós gostaríamos de ver tal seria o cheiro a queimado... que obrigaria a pensar ainda mais nesta destruição horrível que está a acontecer um pouco por todo o lado.
Parabéns. Gostei do texto.
Boa semana de trabalho.

Anónimo disse...

Tens toda a razão, o teu texto é muito pertinente. Continua, é preciso é mexer com isto tudo, de uma forma ou de outra

Um abraço

rita disse...

pois é, não é só o quente que queima. obg pelo comment no meu blog
um beijo*

Anónimo disse...

Não vou dizer mais, do que aqui já foi dito.Partilho inteiramente das opiniões das pessoas que comentaram.O sentimento é mutúo!
Grande Carlos!Um Abraço!

kikas disse...

É só para dizer que estou de volta!
beijocas e boa semana
kikas

Anónimo disse...

bem falado.
amcosta.blogs.sapo.pt