(...) Reinvento aquele meu querer, procuro nas fraquezas, mais fraquezas, preciso delas para alimentar o meu medo e assim destruí-lo. Aguento aquele desejo, esse mesmo, sei que pensas nele. São vezes demais que me procuras naquele vazio onde nada existe. Penduro-me nessa promessa e balanço-me até que as mãos me deixem. É ali que quero estar pendurado em ti, nesse pensamento alternativo que me constrói.
(...) Apenas sou uma ilusão, acredito que ninguém me veja, que ninguém acredite na sua própria existência, são dias, nem isso, momentos, instantes, aqueles pequenos segundos que nos cortam e despedaçam. Volta ao principio e acredito. Ofereço-me ao destino, na esperança de ser agredido mais uma vez, recuso-me a olhar em frente, não consigo, nem ele me deixa.

(...) Atiro-me para dentro daquela pequena caixa e deixo que ela se feche e fico a saber que tudo depende daquele pequeno principio: em que tudo pode ser alternativa ao nosso Ser, basta para isso não nos deixarmos iludir pelo destino, nem pela vontade que ele tem em nos sugar, humilhar e violar a nossa persistência. Penso, basta isso, penso e desvinculo-me de tudo o que obrigam a acreditar e deixo-me ficar.
Apeteceu-me
"Só não há alternativa à nossa Sombra" Charles de la Folie