sexta-feira, agosto 11, 2006

A Praia (Redacção)

A Praia é um sítio muito bonito, tem areia e muitas ondas.
Por vezes o Mar está bravo, outras vezes muito calminho, umas vezes é verde cor da esperança, outras está azul cor do céu.
Nas minhas férias vou a praia, por isso estou o ano inteiro ansioso para que a escola acabe e comecem as férias para poder ir a Praia.
(é aqui que se ouve um som estridente como se forre uma agulha de gira-discos a cravar-se com força num vinil dos Iron maiden).



A Praia:
Deveria ser um espaço de lazer onde uma pessoa pudesse descansar, mas mais que isso estar relaxado. Relaxar com os filhos. Só que a praia passou a ser um espaço onde uma fauna muito esquisita começou a coabitar com alguns nativos.
Se olharmos com alguma atenção, quase toda a gente leva o telemóvel para a praia:
- são os pais, os filhos os netos e os avós, muito tem esta gente para conversar e para enviar SMS, que será que se fala!?
Presumo que esta seja uma pequena vingança do pessoal, já que lhes vão aos impostos, assim sempre ao telefone obrigam o SIS a gastar quilómetros de fita de gravação (presumo que o sistema ainda não esteja digitalizado).
Realmente acho uma falta de bom senso ir para um sítio como a praia que de telemóvel, parecem “arrevelas” de um lado para o outro de fatos de banho e biquinis agarrados aquela “porra”.
Será só o telemóvel? Outra coisa que me faz impressão é porque sendo uma praia tão grande e muitas vezes cheia de espaço, porque será que as pessoas se amontoam umas em cima das outras, quando ao lado há hectares de areia vazia. Será que as pessoas sofrem todas de problemas de solidão e não querem estar sozinhas. O único problema e que a solidão não é estar, mas sim sentir-se sozinha.
Talvez seja o problema da solidão que obrigue as pessoas a rodearem-se de lixo. Quando aquela gente levanta o “acampamento” fica sempre as impressões digitais de quem por lá passou é lixo e mais lixo, e se alguém faz um reparo cai o Carmo e a Trindade.
Tenho saudades dos tempos em que as crianças guinchavam a beira mar, os nadadores salvadores eram banheiros gordos e barrigudos, das barracas de praia as riscas e do cheiro a Nívea e a Bronzaline.
Isto agora de só se verem telemóveis e mais telemóveis, estava aqui a pensar já nem o raio do biquini piquinino ás bolinhas amarelas se vê, quanto mais tira-lo.


Apeteceu-me



“As ondas são realmente uma boa companhia, tão depressa chegam como partem”
Charles de la Folie