segunda-feira, novembro 27, 2006

Uma Nova Revolta

... Ando muito baralhado!
Começo a ter as minhas duvidas se vivemos num Estado de Direito, numa Democracia ou seja lá o que for…
Cada vez mais acho que as pessoas andam demasiado desatentas no meio do seu egoísmo e egocentrismo.
Em Portugal as pessoas em vez de quererem o melhor para si não! – Querem sempre (os que têm algo que conseguiram), que estejam iguais ou piores a eles próprios.
Estou a falar do burburinho que andaram ai a fazer por causa da Caixa de previdência e Abono de família dos jornalistas (que vai acabar já em 2007).
Durante muito tempo recebi Mails e mais Mails a demonstrar repudio contra as benesses que os Jornalistas tinham. Em vez de lutarem para conseguirem melhor, não:
- Dizem mal, são mesquinhos.




Há outra coisa que me irrita solenemente, que é dizerem que a culpa é dos funcionários públicos! Que somos um pais cheio de burocracias e que a culpa é do funcionalismo publico. Que eu saiba, um mero funcionário de uma câmara ou de uma repartição de finanças ou de outra coisa qualquer, não tem poder de decisão para tornar a nossa vida dependente em mais um papel ou processo, esses coitados além de toda a gente julgar que ganham muito ganham uma miséria, porque os que ganham, são os do costume e os que emperram o sistema, porque vão para lugares de chefia, esses são os amigos do Políticos. Porque são incompetentes? Porque se fossem bons não iriam para a função pública mas sim para empresas privadas, mas ai claro é que eles não vão.
- Porque haveria o “Belmiro” de meter lá um filho de Alguém se tem o seu próprio filho.
Mas a verdade quando se quer distrair o povo, que está ávido intrigas e de se afogar no seu próprio rancor que é alimentado por um grande egoísmo. Basta dizer que a culpa é do funcionário público.
Mas já agora alguém me explica se é o próprio coitado do Funcionário que decidiu juntar drogados e alcoólicos num mesmo centro de reabilitação? – será por certo para trocarem experiências, só pode!
E alguém me consegue explicar porque não é o álcool descriminado como o tabaco?
Porque não introduzem nos rótulos das garrafas de álcool, um fígados com cirrose, ou com cancro? Porque não reproduzem imagens de acidentes provocados pelo álcool.
Será que não podem introduzir a porta da assembleia um balão para medir o álcool e já agora a droga?!
Para terminar a minha baralhação, não entendo porque será que este Governo faz as coisas e não pergunta a ninguém, ou seja dispara primeiro e pergunta depois. Porque será que desde os tempos áureos do MM que não se via um controlo tão grande dos média. Vamos só ver a história dos portes pagos, os portes vão acabar… quem sofre com isso mais uma vez são os nossos queridos Emigrantes que só existem para enviar o seu dinheirinho para cá, e quando o deixam de fazer toda a gente fica muito preocupada porque as remessas estão a baixar. Claro não é obvio que se o país está a marimbar-se para mim porque vou enviar para “ele” as minhas economias.
Voltando ao porte pago, deixa de existir e o governo “oferece” um portal para todas essas publicações. – “Olha” que bom fica ali tudo concentrado para mais facilmente ser controlado, enquanto ia em papel, era meio difícil lerem todas as noticias agora assim é muito mais fácil.
Mas o que me parece evidente mais uma vez é que anda tudo muito distraído a pensar nas “floribelas”, no Euromilhões e afins e esquecem-se que o País real é cá fora, e que os inimigos não são aqueles que lutaram para conseguir mas sim os que nem sequer lutam para tirar, e tudo o que se conquistou estamos a perder aos poucos.

Apeteceu-me

“ Difícil não é ter, mas sim ser coerente”. Charles de la Folie

segunda-feira, novembro 13, 2006

UMA NOVA VOLTA

(…) - Tinha sonhado contigo, foi há muito que isso aconteceu mas parecia tão real, continuavas ali como sempre!
A vida foi passando, sem sequer, dar pelos dias! Uma debandada de dias que desfolhava a vida, ou talvez o contrario, a debandada da vida que se esvaía em dias.
Quase sempre Ele procurava alguém para fugir a sua solidão, nem sempre o conseguia.
Sentia-se louco, um pouco, mas feliz – se é que alguém consegue apreciar a sua própria insanidade mental e a sua perpétua degradação.
Ouve dias que se temeu o pior. – Vi-o correr direito a uma muralha que ficava lá longe. Onde há muitos anos homens diferentes de sangue igual combateram dias e rescreveram as noites com pinturas a vermelho na lua, onde ensanguentaram as trevas sem tréguas.
Era uma corrida solta como o galopar de um puro-sangue Árabe. De um só pulo, atirou-se para cima da muralha mais alta daquele castelo que queria descansar.
Não vacilou um segundo, em perfeito equilíbrio enquadrou-se com toda aquela paisagem. Bastava rodar… fazer rodar 360 graus para ver todo aquele cenário e unir-se, fundir-se entre o precipício e a história.





De braços abertos, peito feito ao sol, camisa aberta ao vento desfraldada como uma bandeira, os cabelos á sorte daquele silêncio anunciado como uma máquina de morte.
Estava frio, ou ficou frio, naquele imenso instante entre a histeria e o bom senso.
Aqueles segundos duraram uma perpetuidade, para nós, que temíamos sempre o pior.
(…) – Sempre soube que eras imaginário, mas não deixaste de ser menos importante por isso, eras como um irmão para mim.
Naqueles dias, a confusão era como uma confissão, perdia-se em pormenores sem grande ou nenhuma utilidade. Ele, gostava de se sentir em perda constante, mas quase sempre se sentia perdido.
Eram histórias em espiral e sem fim a vista, grande parte das vezes cruzavam-se em espaços descontínuos. O desespero em que se encontrava provocava pequenos alertas em toda a comunidade residente, desde a aranha, á mosca, assim como ás melgas, ácaros e afins. E como ele temia os afins. Reinava o desconforto, mas a verdade é que não era o seu… sim o seu desconforto, Ele provoca desanimo, em todos os seus mais chegados seres.
Descobri mais tarde que a sua ingenuidade é que nos afligia, o porquê dessas aflições ninguém quer responder, porque ele não existia pelo menos da forma em que todos o viam. Até porque voltando ao inicio de tudo:
- O espelho nunca lhe respondeu, nem uma esperança lhe deu.

Apeteceu-me

"Os nossos olhos é que mudam as imagens, nem tudo parece o que realmente é." Charles de la Folie