sábado, novembro 26, 2005

“Por quem sois – se é que entendem!” (La Revancha del Tango)





“Cada um é como cada qual” diz o povo e é bem verdade. Não é menos verdade que não temos tido governantes de quem nos orgulhar e isto para dizer o quê: - Para dizer que nós (eu incluído) temos muitas culpas no cartório em todos os sentidos, mas muito por culpa do nosso laxismo e egoísmo.
Há 3 anos atrás fiquei muito impressionado com uma notícia que li e com as imagens que vi, e fiquei a pensar como era possível isso acontecer e o que iria acontecer as pessoas. O que vi passou-se na Argentina, na terra de Carlos Gardel e de Jorge Luís Borges, de Diego Maradona ou de Evita Peron. O que aconteceu, as contas bancárias desapareceram, as pessoas ficaram sem dinheiro, de um dia para o outro chegaram ao Multibanco e não havia lá o “vil metal”.
Três anos depois, ainda não chegaram ao topo, mas estão a reerguer-se, a vida continua, as pessoas sorriem sabem que juntas vencem, por uma razão essencial, os governantes vão e vêem, mas a sua bandeira e a sua pátria ficam, é deles há que ter orgulho. Fazem da simpatia a bandeira de um povo que precisa de outros para se ir levantando e conseguem-no. Os mendigos, porque os há, escondem-se para os “estrangeiros” não os verem. Os Argentinos são contestatários por natureza, por isso não me espantou ver uma manifestação a meia-noite com muitos milhares de pessoas, assim como não me espantou ver o parlamento do município de Buenos Aires ser evadido ás duas da manhã. É por isso que os políticos respeitam os “Portenhos”.
Ora foi ai que descobri também como funciona o orgulho de ser Português, mesmo que esses 5 milhões saibam que estão vetados ao esquecimento por 10 milhões que por “opção” se encontram em Portugal. É verdade que nesta altura todos os políticos se lembram deles, porque aqui os seus votos contam a sério, é o voto pelo voto e não o método Dont das legislativas, aqui a comunidade portuguesa lá fora já é muito importante, ai e nas remessas (de dinheiro) que enviam para cá.



Também ai, na Argentina entendi que há uma outra forma de saudade. Quando alguém me respondeu a tradicional pergunta se tem saudades de Portugal. A resposta foi simples:
- "~Tenho saudades quando lá vou, da minha família que cá deixo, dos dois ou três mil portugueses que cá ficam, que são a minha família e com quem convivo e com quem conto, esse agora é o meu Portugal".


Apeteceu-me

"Somos o que somos e por nós respondemos". Charles de la Folie

quarta-feira, novembro 23, 2005

O Rei vai nu (alguém salve a Rainha)

Segui com particular (des) interesse, as várias festas de candidatura às próximas eleições Presidenciais. Não me tinha ainda pronunciado sobre o assunto porque… vá-se lá saber porquê! Não vou falar de nomes porque não quero influenciar ninguém. Porém houve uma candidatura que me despertou a atenção. Porque foi bem conseguida e concebida com imensa aquela expectativa. Gostei, muito da decoração, com muito decoro. Ora aqui está a palavra que eu procurava, decoro, uma palavra que sugere nobre e/ou nobreza. Mas estamos a falar de presidenciais! De eleições presidenciais, onde vamos escolher um presidente, não um… pois. E também não percebo esta quase mania pelo cargo. É verdade que Portugal é um país de cargos. De muitos cargos diga-se a bem da verdade.
Mas vejamos as coisas por um outro prisma: eu lembro-me quando era mais novinho, lembro-me que adorava brincar aos Reis, Rainhas, Príncipes e afins. Claro que os afins são os cavalos era sempre a personagem que me tocava. Isto de ser Rei tem muito que se lhe diga. Ou se é, ou não, não há meios-termos. Ou se nasce predestinado ou nem por isso. Não me lembro de ninguém querer brincar aos Presidentes, todos queriam brincar aos Reis, ser o D. Afonso Henriques, o D. Sebastião é que não, andava muito desaparecido apesar de dizerem que anda (va) por ai, por terras de Boliqueime ou coisa parecida. Quem é que queria - falo na minha época ser o Nixon ou coisa que o valha?

É verdade que há por aqui quem tente fazer da república uma monarquia e passar a pasta ao filho, mas não há pena que lhe valha. Do Palácio claro que fica para os lados da medieval Sintra. Depois há os cultos que vêm de leste com idealismos a cheirar a mofo mesmo com algumas cosméticas não resultam. Andar andam, mas pelas ruas da amargura. Os blocos como sempre deslocam-se a grande velocidade, se é verdade que as pirâmides foram construídas com grandes blocos, não é menos verdade que os blocos de gelo derretem-se e cá no nosso país à beira-mar plantado, é mais gelo!
A verdade é que a Monarquia tem “glamour”, basta olhar para as noites do Mónaco, ou para a Movida de nuestros hermanos, ou seguir os tesouros Suecos, ou os caminhos para norte da Noruega, dois países com o mais alto desenvolvimento humano, para não falar dos Vikings da Dinamarca, do Liechtenstein, ou do Luxemburgo onde a maior parte da População é Portuguesa e têm como ordenado mínimo 2 mil euros. Ou então usar umas tamanquinhas da Holanda e viver ao pé de um moinho. Já não me lembro porque é que estava a falar da monarquia. Também não interessa porque nos contos de fadas onde aparecem as princesas bonitas, elas acabam sempre com príncipes bonitos e isso deixa (va) -me sempre de fora.
O mais próximo mesmo que estivemos nos últimos anos de um Rei, foi mesmo de um bolo-rei e daquela mostra do bolo alimentar do dito cujo.


Apeteceu-me


"Onde está a nossa diferença para os animais, só se for na crueldade" Charles de la Folie"

segunda-feira, novembro 21, 2005

....

Aprendi uma coisa na Terra do Tango:




Que em casa a ultima palavra tem de ser sempre minha -"SIM QUERIDA!!"



Esta é do meu amigo Oswaldo

domingo, novembro 20, 2005

Um dia.....

Talvez um dia quando a civilização chegar a terra, eu volte.
Por enquanto sinto-me magoado, eu e a minha familia com algumas coisas que se foram comentando por aqui pondo em risco a minha relação.

Abraço.

Ps. parem de escrever em meu nome, eu ainda sei quem sou. Sempre gostei de gente anónima, mas não gosto do anonimato.



"Um dia quando crescer, vou ser criança." Charles de la Folie