segunda-feira, janeiro 31, 2005

Era ela, mas não a vi

Uma obra prima, ela era uma obra prima, pensando bem era uma das 7 maravilhas do mundo, nunca percebi porquê só 7 maravilhas, só de repente lembro-me de umas 14, se não mais.
Mas a verdade é que ela era magnifica, uma mulher linda, pisava o chão como ninguém, pisava-o, não o massacrava, era perfeita nas suas feições, umas maçãs de rosto, absurdamente definidas, um nariz meio arrebitado, meio arredondado, como a sua personalidade nem muito forte, mas vincada, nem muito aberta, mas que vagueava esplendor
Uns lábios, vermelhos, um vermelho de embate violento, de uma ternura a rasgar a respiração, os olhos, para mim não eram uns olhos, eram umas janelas , construídas da mais dura e brilhante pedra preciosa, dois diamantes de quilates desconhecidos, umas sobrancelhas definidas, umas pestanas selvaticamente ordenadas, não rudes, mas numa perfeição puramente imperfeita.
Aquele rosto que me fazia sonhar, era magistralmente suportado por um pescoço de corte fino branco, com a jugular a fazer-se notar, quando a expressão era de interrogação, expectante .
O corpo era de uma formosura, de um requinte que só algo superior o poderia ter criado, aquela parte recôndita, os seios eram de uma visão fora do comum, não tinham expressão no meu vocabulário, definiam-se na sua forma de vestir, o seu corpo, moldava-se ao vento, vestia-se de luz, despia-se da crueldade que habitava no nosso dia a dia.
Mas o que mais marcava, eram aquelas pernas, de uma envergadura subtil, torneadas pelas brisas vindas de Sul, umas coxas propositadamente belas, divinas mesmo, marcavam um ritmo, um sonho uma vontade.
Aquela mulher, que a vi um dia, um dia não sei bem onde, nem porquê poderia ser um santuário de emoções, mas via-se que passo após passo, era ela, aquela mulher era um pensamento que vagueva pelo mundo a procura de mim, de ti, á procura de alguém, todos os dias esse sonho entrava por ai, sem se saber porquê, mas entrava, e o seu cheiro ficava marcado numa transparência clara e nitida.


Apeteceu-me

sábado, janeiro 29, 2005

Pancada IX (nove)

(...) Era uma Pancada que para rapariga até que era saudável, isto tudo dependendo dos parâmetros de quem (te) vê é obvio que a minha avó não tem a mesma visão que,(até porque é miupe) olha pois que a minha Tia Luisa a mãe da Ana, claro que não a minha Avó é 50 ou mais anos avançada.
Eu penso, isto é eu deveria pensar, isto é nesta altura acho mesmo que a Ana no dia em que se soltar, vai ser lindo vai, tenho impressão que parece um toiro a sair dos curros, desencabrestada de todo, é cá uma impressão, só me faz espécie uma coisa a Ana terá sido inventada debaixo de um vão de escada?! Se para aquela família, um preservativo é uma dádiva de Satanás aos pecadores opu em dia é aos pescadores tla é quantidade de camisinhas que aparecem por ai a boiar, mas já nem o Santo Padre pensa assim, mas enfim o tiro vai lhes sair pela culatra, umh basta ver como me olham, e isto porque tenho 2 brincos na orelha imagino se eles, bom até a minha mãe, mas não quero pensar nisso agora, não quero mesmo.
Naquela altura estava a tentar fazer força para me levantar, mas o melhor que conseguia era que a cabeça se virasse ligeiramente na almofada, na minha melhor amiga, na minha confidente, na minha alma gémea, por acaso se nascesse, uma coisa gostava de ser almofada, nã, nãnã ainda tinha como dono um daqueles gajos sebosos que não se lavam que deitam óleo do cabelo que dá para fritar batatas, nã nã, isso é que não, ai, ai que me vomito só de pensar nisso que nojo.
Coisas positivas, rápido, rápido, ora deixa cá ver gelado de pistácio, ovos de tomatada, baba de camelo, doce da avó, está a melhorar, mas com a sede com que estou, não posso pensar muito em doces, ora pensar, que terá o raio da carta que a minha mãe tinha na mão?
Estou intrigadissima, aquela carta, Sr Vasco, se não fui traída pela minha bela vista, ali há gato, ai há, há.
Gato, gatão, não sei que raio de felino, mas que deve existir alguma coisa deve e a minha mãe sabe, e se não sabe devia de saber, afinal eu sou filha dela.
Eu sei que ela tem um desgosto enorme, por esta situação, não fui criada para ele, mas a amizade que os meus pais tinham e tem com os pais dele, mas lá estou eu a pensar naquele gabiru, não passa um minuto, que eu não pense nele isto é que é uma sina, nem o pai almoça nem a gente janta, e a vida continua, e eu sem saber nada da carta é mesmo uma desgraça, tenho de saber, eu quero saber preciso saber, pode ser daquela lambisgóia da doutora Monica, talvez não, mas agora estava num estado de ansiedade, que no meio daquela pancada toda, só me faltava ter um ataque de pânico, era mesmo o que me faltava, ainda dizem que o período é difícil ao pé do que estava a passar naquele momento era um caldinho, isto porque quando embicava numa coisa era terrível, ficava a moer a moer e acreditem que moída já eu estava, parecia que tinha andado 200 klms, a pé, com uma mochila cheia de pedras preciosas, mas não as podia tirar, nem tocar, nem ver, estava doente, e o raio da carta ainda me metia pior, para mim só havia uma solução, sucidar-me, atirar-me de bem alto, muito alto, um salto para o abismo, assim tipo atirar-me da cama abaixo era um tombo e pêras, 20 cm/s para a desgraça, se fosse uma Tia muito Bêm , podia partir sempre uma unha, e isso podia trazer graves consequências psicológicas, não sei bem a quê mas por exemplo a minha cabeleireira.
Coitada, coitada de mim, eu aqui assim e ninguém me salva, nem uma garrafinha milagrosa, nem um chá nada, nada mesmo, ai, ai, eu não sei bem o que se passa hoje, mas acho que tenho cabeleireira marcada, se tenho cabeleireira, devo ter alguma coisa especial, mas não consigo lembrar-me, e a minha mãe nunca mais sobe são quase 10 horas da matina e eu aqui sem saber de nada, não sei da carta, não sei o que vai acontecer hoje, não sei o porquê de achar que tenho cabeleireira marcada, deve ser um belo dia deve, um sábado com estas incertezas todas imagino como vai ser o domingo.
Fazia um esforço descomunal para ver o que se passava a minha volta, revirava os olhos pareciam que suavam de tanto esforço era uma transpiração monumental para a minha vista, mas ali ao redor, nada mesmo nada tirando aquelas coisas soltas, umas cuequitas ou duas ou três , um soutien ou dois ou três , um par de meias ou dois ou três, tanta coisa e eu era só uma.
Umas securas que davam para três, e a carta nada, nada mesmo, acho que vou chorar. (...)
Apeteceu-me

sexta-feira, janeiro 28, 2005

Por quem me tomas

Dassex, no meu Dariz, que está completamente entupido.
Eu sou daqueles que não me aborreço quanto estou constipado, se ouvirem a minha voz, parece a daquele fulano Americano o qual não sei o nome e também não me trazia grande felicidade se o soubesse, mas o fulano Americano que dá voz aos trailler’s dos filmes, uma voz poderosa, uma voz se Deus a tiver será assim, e por isso sinto-me orgulhosamente, a voz.
É verdade que não tenho uma má voz mesmo quando não estou constipado, mas quando estou ou quando acordo, umh é uma excelente voz de companhia ( voz de companhia são aquelas vozes que ouvem todos os dias nos mesmos spots publicitários, são vozes que dão credebilidade e vendem!!!)e uma bela voz de cama.
Mas esta «estória», da voz para mim só tem comparação quando acabas de tomar banho, e te olhas ao espelho e perguntas «Meu Deus porque me fizeste tão belo», olhas mais dois segundos, respiras fundo, seguras os peitorais em cima, encolhes a barriga e naquele preciso momento que começas a parecer-te com o Brad Pitt ou com o Mel Gipson , naquele preciso momento ouves aquele risinho lá atras como a dizer, despacha-te que eu também preciso da casa de banho, ou a tua mãe a dizer oh filho tu aos meus olhos és lindo escusas de tentar fazer essas palermices ao espelho.
A verdade é que todos nós temos algo de alguém famoso o problema é descobrirmos o quê, nã, não se ponham já a pensar naquele actor brasileiro que entrou ai numa quinta qualquer, nem nessas coisas.
Para mim na questão dos homens, eu percebo e sei mais ou menos quais são as «Taras».
Nas mulheres é que me custa um bocado a imaginar, até porque o espelho é a sua,pois é a sua segunda casa, estão lá quase tanto tempo como, como na cama, na cama a dormir porque a outra cama há sempre uma dor de cabeça, ou no telefone, ou mesmo na cuscovelhice, mas enfim, compreende-las é ainda um mistério por isso as torna tão apetecíveis.
Não me levem a mal, é do dariz custa-me a raciocinar mas se quiserem desancar, desanquem eu adoro saber as vossas opiniões ou opniães como queiram.

Apeteceu-me

quinta-feira, janeiro 27, 2005

Amor perdido (conto)

(...) Daquelas mãos, tinham saído «coisas» maravilhosas, autenticas obras de Arte, eram umas mãos já velhas, mas com um recorte fino, uns dedos longos, rugosas do tempo, mas deliciosamente maduras, ternamente apetecíveis.
Tinham um toque aveludado tal qual um vinho, um vinho de 'bouquet' excepcional , distinto e gracioso.
Aquelas mãos transpiravam talento, muito talento e muito trabalho, um trabalho árduo, do dia a dia, de quem vive lá longe onde a fama nunca irá chegar, onde o sol morre por de trás de vales verdejantes onde o cheiro das antigas plantações de tabaco, ainda perduram na sua memória, curioso para quem manuseou milhares de folhas de tabaco, nunca fumou, mas a sua paixão era mesmo o Barro.
Era espantoso, como a sua visão o traia, as cataratas não lhe perdoavam nem um segundo os seus curtos dias de poesia, aquelas mãos, já viam mais que os seus olhos, sentiam as formas, do seu barro, da argila peganhenta e pegajosa que ficava em sentido, que se moldava como de um bailado se tratasse.
Naquela roda de madeira barulhenta os seus ouvidos já não ouviam os barulhos estridentes, nem os guinchos, que a roda fazia ao friccionar com a pedra, enquanto a sua perna fazia força para a embalar, era assim que passava em silêncio com as musicas embaladeiras que lhe saiam do coração, as suas mãos, que molhavam de agua para não ficar nenhum pedaço fundido com o seu corpo, aquelas mãos puxavam as pelas da pasta, deslizavam no barro, a argila sucumbia-lhe ás mãos era uma morte digna, para depois ressuscitar uma obra, um hino, um desejo ou um poema.
Aquelas pequenas mas enormes maravilhas eram uma vontade de desejar que os dias não fujam, que aquelas mãos não tremam, que os cheiros do campo permaneçam até ao fim daqueles dias curtos, daqueles dias de prazer, mas que terminavam depressa, tal era a vontade de Viver os dias até ao fim.
Os desejos, daquelas mãos limpas, que recordavam coragem, escreviam no barro o amor perdido, mas sempre lembrado em perfeitos dias ofegantes de um tremendo amor.
Naquela terra perdida para sempre onde os sentimentos de um dia, fugiram para longe, era o sitio perfeito, para fugir ás saudades de um dia, em que nas suas mão ficaram toldadas a vida de um amor, e de um pálido tormento, que uma morte trás. (...)

Apeteceu-me

Dedico este texto ao meu avô que também era do Sporting.

quarta-feira, janeiro 26, 2005

Estados de Espirito (será liquido?)

Há coisas que eu não consigo compreender, uma delas, além das mulheres claro, mas isso é mais que evidente, no dia que compreender uma mulher que seja, eu, eu, eu, pois eu...claro evidentemente, que me torno uma pessoa mais, como dizer, mais incrivelmente estúpido por duas razões, as mulheres não são para se compreender, no dia em que isso acontecer perde a graça toda, é como, ok.
A seguinda razão fica a vossa consideração.
Assunto terminado antes que tenha de chamar o meu advogado devido a algumas ofensas corporais, e eu odeio violência.
Mas dizia eu, ali atras, ao principio quando comecei a escrever, que há coisas que não consigo compreender uma delas é o estado de espirito ou os estados de espírito, em 10 segundos apenas apeteceu-me escrever sobre algo fiquei bem disposto, incrivelmente bem disposto apesar do muito sono com que estou, mas bastou passar de carro ali por uma rua e olhar como faço todos os dias para o Mar para saber, se fico em casa ou fico em casa, pois está muito frio para meter a prancha na agua, não só a prancha, mas não me apetece ficar mirrado, mirradinho de todo, e vi um mar calmo, deliciosamente azul, carinhosamente perfeito, assombrosamente transparente, um (A)mar perfeito, em pleno janeiro, o Sol também está convidativo o céu de um tom azul infinito, um azul carinho, um azul , um azul pronto(s), é o azul do céu, não há mais tons e a mais não são obrigados, que possam estar para que o meu estado de espirito, se mantenha assim, mas bastaram 10 segundos, foi o tempo que estive parado para observar, aquele meu Mar, e que me deixou com uma vontade irresistível, de sair do carro e gritar, qualquer coisa como, pois não sei, talvez :
« Viva a Loucura, que reside em mim »
Não sei mesmo o que fazer comigo, em outras circunstancias deitava-me no meio da rua cruzava os braços sobre o meu peito, e deixava-me estar, de pernas semi dobradas, a olhar para o céu e a curtir o som do mar e a trautear o « Homem do Leme » dos Xutos e Pontapés.


Apeteceu-me

terça-feira, janeiro 25, 2005

Frio onde andas tu.

.....BRRR está um frio do caraças, “Eles” raramente se enganam e nunca tem duvidas, são os meteorologistas, esses homens que cada vez mais estão a deixar os Zandingas da nossa terra e também alguns ali das Africas, em maus lençóis, a minha Mãe é que tem concorrência da grossa.
Bom digo concorrência da grossa, porque quando vem por ai mau tempo, frio e outras coisas mais terminadas em ais, o seu calo de estimação aparece no seu esplendor e anuncia a tão apregoada chuva ou trovoada, nem o bem dito anuário “Borda d’água”.
Aliás há uns anos ela degladiava-se com a minha ex. Sogra, que Deus a tenha protegida, não porque lhe tenha acontecido algo, mas quanto mais longe melhor, é uma questão de espaço, por mim até que era espacial, assim não teria duvidas que estava suficientemente longe para poder andar por ai a vontade, havia mesmo quem tivesse proposto um casamento para nós dois e ai dei á sola (credo não se diz isto das pessoas, muito menos das que estão ausentes).
Bom mas a minha Mãe e a bem dita senhora, o António Variações até lhe cantou uma canção, não, não é possível, Deolinda de Jesus era a mãe dele, pois andava enganado, desculpem.
A minha Mãe e a senhora que não era de Jesus, rivalizavam entre as duas, claro para ver quem previa o mau tempo se era o calo da minha Mãe se era o Joanete da senhora, eram assim como os arautos do Mau tempo, uma autenticas Aves chuvisqueiras, não agoirentas nem de churrasco coitadas.
Mas o que é certo é que lembro do Telejornal, onde apareciam aqueles meteorologistas, com um ponteiro, parecido com as antenas dos carros a apregoar, os baixas pressões , as Zonas frontais e mais assim umas coisas esquisitas, eu para mim, o tempo é :
Pequenas Abertas, de preferência na praia, com pequenas vagas, grandes vagas, não, pois não?
A “Pequena” quer-se pequenina como a sardinha.( já aqueci os dedos, daqui a pouco alguém me aquece as orelhas, hihihihihi).

Apeteceu-me

segunda-feira, janeiro 24, 2005

Pancada V III (oito)

(...) é verdade que nunca mais conversei com ele, mas também é verdade, que nunca o perdi de vista, nem podia, havia entre nós um misto de Amor-ódio, uma quimica infernal, eu sei que ele também tinha o mesmo sentimento por mim e também sei, das peripécias que fazia, quando andava mais nostálgico, não, não são essas, de falar alto pelos corredores e pelo prédio quando sente a minha aproximação, começar a dizer disparates para ter a minha atenção, diz com cada coisa mais ridícula, no outro dia, eu nem me lembro bem, aliás,eu, eu mesma até fico envergonha, mas disse uma patacuada do género, que mais pareciam duas, tipo a falar sozinho, uma conversa de surdos, mais de malucos, assim, mais ou menos claro:

- Meu Deus porque me fizeste tão belo.
Ou então
- Não sei se estou farto de ser belo se estou farto de ser loiro.

Claro que devia de ser belo, ele era moreno até a 5ª casa, e belo só se fosse um belo cabaz de cornos, isso sim, isso é que era beleza.
Por falar nisso, a beleza da minha mãe não havia meio de chegar, o tempo passava, nem, o pai janta nem a gente almoça, assim como dizer, preciso mesmo de tomar alguma coisa, a cabeça parece que pesa toneladas, estou a imaginar-me a ir até a cozinha de carrinho de mão com a cabeça lá em cima, é assim que a sinto, como um peso desmedido para o resto corpo, tipo aqueles cabeçudos do carnaval.
E que carnaval aqui andava, continuava especada em cima da cama, sabia que estava alguma coisa para acontecer, aliás que tinha acontecido na noite anterior, só espero que não tenha acontecido nada de muito anormal, é que as vezes, a coisa, a coisa descontrola-se, e descontrolada já sou eu.
Não imagino o que poderia ir dentro daquele envelope, onde andaria a Dona Henriqueta, onde andará, quando mais precisamos delas, mães claro, é quando elas mais nos desaparecem, é sempre assim e vai ser sempre assim não tenha ilusões.
Até parece que eu tinha uma remessa de mães que era obra, e ter aquela já era uma sorte, ter uma santa daquelas, mas que agora era muito precisa e nada, nada mesmo, lá continuava eu de barriga para cima cabeça empoleirada na almofada, e as vezes com uma vontade, de passar as mãos pelas pernas que até me arrepiava, mas passava depressa só de pensar que tinha de fazer alguns movimentos, a vontade desvanecia, com uma velocidade alucinante, tipo flash de maquina descartável.
Mas a verdade é que sentia angustiada, aos 23 anos sentia-me angustiada, por tudo o que fiz e pelo que não fiz, apetecia-me ter feito algumas coisas, mas houve algumas que me arrependo, arrependo-me das vezes que me apeteceu, amar alguém loucamente sentir alguém trepar por mim pelo meu corpo, pelos meus desejos e designos, e ao mesmo tempo arrependo-me, das vezes que senti nojo de mim por fazer coisas que me apeteciam muito, e.... não foram grande coisa, a bom da verdade é que há homens, qual homens!!! Miudos que são uma coisa pavorosa, embrulhados, são uma coisa, quando se desembrulham, meu Deus então quando se prova, valha-me a Nossa Senhora dos Aflitos, conseguem ser confrangedores, as vezes não é por falta de argumentos, é mesmo por falta de, como posso explicar sem eu propria ficar envergonhada, eles querem tudo a pressa, não entendem que as coisas que dão mais prazer demoram a fazer, demoram, é verdade que este é o meu ponto de vista e ponto, e ponto, e ponto estou a ficar um pouco repetitiva, ponto G, G point, «prontos» tá dito,não só meu, das mulheres, das mulheres em geral, lembro-me de um namorado que tive, que com a aflição, ou com a pressa sei lá, rasgou 7 preservativos a tentar meter aquela porcaria, puxava e com os dedos, pimba.
Um « gajo » que me dizia, que fazer amor com ele, era como uma prova de Formula Um, no fim era um cheiro a borracha queimada, afinal nem das boxes saiu, ele bem tentou, mas não consegui parar de rir, foi mais forte que eu, no fim ainda lhe disse para levar as « camisinhas » para lhe fazer as bainhas que ainda serviam para mais umas provas, mas de triciclo, nunca mais o vi, coitado foi um bocado humilhado, mas o que havia de fazer, mas se fosse, mas porque havia de ser(...)


Apeteceu-me

domingo, janeiro 23, 2005

No meio do nevoeiro, avisto gambuzinos!

Era uma vez, uma menina que vivia perto do céu, adorava comer logo de manhã umas apetitosas nuvens.
Ela dizia sempre, que as nuvens, lhe sabiam a algodão doce. Depois sorria sempre ,com o seu ar doce e angelical, que encantava todos.
Certo dia, encontrou uma bonita e amistosa galinha sentada, numa das nuvens, a menina com o seu ar doce, bochechas ruborizadas, perguntou à galinha o que fazia ali, naquela nuvem doce.
A galinha respondeu, que estava à espera de avistar, o barco fantasma dos piratas.
Reza a lenda, que sempre que aparecia nevoeiro de manhã, era avistado um barco pirata, a passar por ali.
A menina ficou intrigada, até porque ela era filha do vento e a sua mãe, a brisa, nunca lhe tinha contado nada sobre o barco fantasma dos piratas, mas uma vez falou-lhe de um porco, que tinha uma perna de pau, tinham-lhe levado a perna, para fazer um presunto. Agora piratas, ela não se lembrava.
Na realidade, os pais apenas a queriam proteger.
Já tinham sido castigados o suficiente, quando lhe levaram o outro filho, que era um rapaz que iluminava tudo por onde passava.
Ah, o piripampo, de sua alcunha o caga lume fala-se por ai, que está debaixo de terra, estupidamente debaixo de terra, foi num dia, como outro qualquer, mas a seguir ao dia de ser levado, foi levado novamente para alumiar lá na gruta do Odair, a procura do tesouro.
Tudo aconteceu, quando numa noite fria, um grupo de homens saiu à caça de gambuzinos, nas praias rochosas de Ambrughul e depararam-se com o filho, do Vento e da Brisa.
Ao confudirem-no com um gambuzino, feriram-no de morte e o rapazinho não resistiu.
Mas afinal era um escamartilhão, um horrivel e nojento animal, que só aparecia naquelas noites de maresia, mas ao que contam os mais velhos, os escamartilhões só aparecem aos olhos de quem bebe, mais de 3 garrafas de casal Garcia, e foi assim que se descobriu que naquela noite, o «caga lume» afinal tinha fugido, ferido de morte estava o escamartilhão que nunca ninguem encontrou.
Nesse dia, a menina, sentou-se na nuvem perto da galinha e em vez de avistar o barco fantasma dos piratas, recebeu em seus braços o irmão, que já não via há 3000 anos.
Foi neste dia, em que o Sol e a Lua, se juntaram, pela primeira vez!!!

Written by Carlos Barros e Tânia T., em homenagem ao Miguel M.


Escrito em Post it Amarelo
Apeteceu-me (pelo menos a mim)

Sem importância, mas atenção !!!!

Estava a pensar num assunto de extrema importância para o panorama Nacional actual, mas acreditem, eu juro que é verdade não me lembro, mas sei que era importante aliás era muito importante.
Muitas vezes as pessoas não dão a devida importância aquilo que lhes é dito, e depois « Pimba » ou «Pumba » como lhes der mais jeito.
Por exemplo, eu acho que a água da praia está gelada, ninguém ligou ao que eu disse, mas ai há uma explicação lógica a agua da praia nesta altura está sempre gelada, mas há estúpidos que teimam em saber e confirmar se ela está mesmo gelada.
Posso dar outro exemplo, uma pessoa diz alguém que quando está ali um carro Branco de marca Nissan no IC 20 parado por de baixo da ponte que vai para o Funchalinho, não se deve andar a mais de 90, as pessoas não ouvem porque já toda a gente sabe, mas há estúpidos que teimam em passar a 190.
Ontem lembro-me de me dizerem para ver a Sport TV as 21 horas eu palerma não liguei nenhuma, já me contaram que perdi uma serie cómica e pêras, é como tudo.
Lembro-me de na escola fartava-me de levar com a cana nas orelhas, porque parecia que nunca ouvia aquilo que me diziam, mas eu ouvia, aliás aquela minha forma distraída e despreocupada de estar na vida leva muita gente a pensar isso, mas é a minha maneira de estar concentrado, pior é quando estão a falar comigo e eu estou olhos nos olhos a abanar a cabeça a dizer que sim, sim senhora, evidentemente, claro, pois, certo... certo, isto para dizer que cada um tem a sua forma de concentração, eu é parecer estar na Lua, mas não estou, estou com os pés na terra.
Na Lua estou, mas por outras razões, porque adoro aquele pedaço de sei lá de poesia, podia lhe chamar de paixão, de ternura, de Amizade, mas soa-me aqueles postalinhos meio foleiros que se vendem nas papelarias que tem uns ditos tipo, «...é aqui que o amor se enterra nas asas do teu desejo...», mas a Lua é-me inspiradora, se não de Amor pelo menos de grandes disparates.
Tudo isto para dizer que as pessoas devem dar mais importancia aquilo que lhe é dito e transmitido, não vão sofrer dissabores por isso.
há mesmo quem diga:
" Ó Lua que vais tão alta redondinha que nem um tamanco, oh maria trás cá a escada que eu não chego lá com um banco "

Apeteceu-me

sábado, janeiro 22, 2005

Que grande Lata.(utilidades)

« Abertura fácil » há anos que penso nisto, não, não é realmente o que estão a pensar, não falo daquelas experiências que fazíamos, com um palito e deitávamos agua para cima e o palito fazia a espargata, já nem me lembro o que queríamos exemplificar com isso, mas que nos riamos é verdade , riamos a serio, devia ser da idade.
Agora aberturas fáceis lembram-me sempre grandes dificuldades, ok também não falo de Zips, bom as vezes são bem complicados, mas também já não me lembro bem de como funcionavam até porque só uso calças de botões.
Falo dos produtos que dizem abertura fácil, sim abertura fácil, imagino se fossem de abertura difícil, por acaso nunca me deparei com nenhum a dizer isso, ia eu beber o meu cafézito, quando vi que já não havia nenhum, fui buscar uma embalagem nova, na qual dizia, abertura fácil, além de outras coisas, claro que o café é daqui, dacolá, que nunca é, nunca realmente chegamos a saber de onde é, mas a embalagem também nunca nos diz, muito menos nos segreda.
Ahh!! a bem dita abertura fácil, já me esquecia, quando ia já de tesoura em riste, li outra vez, e resolvi experimentar a bem dita, um sucesso total, mas para a abertura fácil, do detergente para o chão, para a abertura fácil do meu caixote do lixo, sei lá para todas a aberturas fáceis que possam imaginar que dêem para limpar a porcaria que fiz, podiam dizer ao menos,abertura fácil e directa para o chão ou abertura fácil para o pacote todo ou mesmo abertura fácil de alto a baixo.
Mas isto tudo é muito bonito, mas aquelas aberturas fáceis das latas de cerveja, das latas de atum, das latas de grão, sei lá das Latas (tinha uma amigo que era o Latas), quando o pinderelho sai ou parte-se, é uma grande carga de trabalhos e então expliquem-me lá o que é que isso tem de fácil?
Vá expliquem-me ?
Pois também já vos aconteceu não é, Ca Ganda LATA.


Apeteceu-me

Ora bolas (não vermelhas)

As voltas que o mundo dá, mesmo assim não são tantas como a minha cabeça, a minha rica e humilde cabeça.
As vezes anda tão depressa que nem consigo raciocinar direito, umas vezes por excesso de álcool outras vezes porque acho que a idade não me permite fazer muitas coisas ao mesmo tempo.
Este é um desses dias, não por excesso de álcool coisa que já não ingiro a algum tempo, mas porque ou me penso em coçar estou com uma alergia danada, ou em escrever algo, como o mais importante é coçar nesta altura, não sei o que vou escrever, aliás eu nunca sei nada, mas como um dos meus ídolos de infância se chama Descartes, ai vou eu, pelas ruas do meu Word enfrentando furiosamente as teclas, que se queixam há anos de serem tão maltratadas, eu reconheço é um facto, mas a verdade é que nunca damos o devido valor ao que temos, por exemplo o teclado, vamos lá ver o que diz o dicionário sobre o teclado :
« um dos dispositivos ou periféricos de entrada de informação no computador, que consiste num conjunto de teclas que transmitem informação através de símbolos e cujos efeitos são definidos pela programação.»
sim senhora (olhem para o meu ar de espanto!!!) coisa potente, e prepotente é verdade prepotente, deveria estar, teclado:
utensílio do dia a dia ,onde para alguns serve para massacrar uma serie de pequenos quadrados com letras em cima, para outros terna e suavemente espraiam toda a sua verborreia mental, mais conhecido por chorrilho de asneiras, para outros , o teclado serve como arma de arremesso, e podiamos estar aqui a dizer durante uma eternidade, para que serve o raio do teclado.
Agora, um dispositivo ou periféricos, Deus me livre de deixar os meus filhos utilizarem tal coisa ainda acabam, nem sei bem onde, mas acabar acabam, comigo, pelo menos comigo, porque o remédio para acabar com a comichão, dá uma pedra de sono, nem imaginam e levar com eles aos gritos logo de madrugada (1 da tarde ) é coisa para acabar num hospício.
E Vocês sabem o que acabaram de ler ?
Pois calculei .

Apeteceu-me

sexta-feira, janeiro 21, 2005

Ai se eu fosse rico,dubidobidu (devaneio)

“Os meus medos, serão por certo os teus receios” In Eu o Je, moi meme, agorinha mesmo, desta carola linda.
Com uma frase deste género já devia de andar por ai a correr meio mundo, a dar palestras sobre o assunto, sobre as potencialidades filosófica, psicológicas e endógena (fenómenos que têm a sua origem no interior do globo terrestre).
Vejam bem a importância que eu posso dar aquela frase, ou que dou, é minha saiu agorinha , fruto deste Cérbero, por isso acho que é uma grande frase, o problema é que continuo pobre, não de espirito isso até que acho que não sou muito desprovido, mas pobre monetariamente, esta frase deveria dar para estar agora nas Caraíbas a escrever do Portátil que não tenho, a historia que não vos conto, porque esta frase, não rende dinheiro nenhum.
Não era bonito começar uma não historia, estou aqui com uma marguerita na mão porque hoje os meus contabilistas, me disseram que “Os meus medos, serão por certo os teus receios” renderam a quantia de muitos ,infindáveis escudos, escudos não Euros.
Pois, era bonito, aliás era lindo, o Pior é que o meu contabilista, é um não contabilista, e eu sou um não celebre inventor de uma frase, que não me rende dinheiro nenhum e me deu muito trabalho, pelo menos a, pois a .... , claro ....., evidentemente a .....,
A verdade seja dita, há por ai gente a ganhar rios de dinheiro, com nada excepcional, e nós os pobres mortais, que não somos perfeitos temos algumas coisas que tem muito valor e ninguém quer saber disso para nada, nada mesmo, podiam ao menos respeitar, mas não porque será ?
Como eu, não tenho nada contra as Caraíbas por exemplo só tenho a favor, o que eu tenho contra é que não possa lá ir as vezes que me apetece e que me dá na gana, é verdade que nem tudo pode ser assim, porque nem só de Caraíbas vive o homem como o seu espirito e a sua Alma, é verdade, e as Maldivas , Samoa, Bora Bora, Bali iam ficar muito aborrecidos comigo, por isso é o que eu digo espero que esta frase me traga algo de util á minha conta bancaria.
Recordo :
“Os meus medos, serão por certo os teus receios”


APETECEU-ME

quinta-feira, janeiro 20, 2005

Banha da Cobra

Decididamente, estou a começar, estou a começar varias coisas e varias fases.
Eu sei e começo a perceber porque toda a gente me diz e tenta dizer que a fase da adolescência é tramada, é difícil ser-se adolescente nos dias de hoje.
Estou em constante aprendizagem sobre a minha querida pessoa, ando um bocado a toa a procura da minha identidade a personalidade é de berço consegui a custa de tanta queda do berço,e marradas naquele soalho de madeira, por isso tenho uma personalidade persistente.
O pior é que me sinto em crise, em crise com a minha existência, passo a vida a procura de dar consistência ao que aprendi na infância mas népia, nada, nada mesmo não consigo o ponto de equilíbrio.
Pois descobri que nada em mim é estável nem definitivo, ao que parece porque me encontro numa época de transição.
Não quero muito conversar sobre isso, porque sinto-me envergonhado, como é que qualquer garoto passa por esta fase em meia dúzia de meses ou alguns anos e eu ando nisto à uma eternidade.
È verdade que adoro, falar de coisas absurdas escrever o absurdo, é verdade que adoro correr de forma a fugir aos lugares comuns, correr? Passo alargado um bocado mais rápido, também é verdade que sou de raciocínio rápido, mas nem sempre coerente, mas não vivemos nós no meio da incoerência? Pois é verdade então vou tentar ser mais coerente, hoje talvez perceba porque é que a teoria do caos é aplicada em mim, porque Teoria do Caos surgiu com o objectivo de compreender e dar resposta às flutuações erráticas e irregulares que se encontram na Natureza.
Não sou perfeito é verdade mas tenho partes de mim excelentes.
(É a maior venda da banha da cobra que há memória )

(diz)parates!! não digo, não faz sentido

Há coisas que me deixam de rastos, uma delas é não dormir, é pior que estar a noite toda nos copos e depois não ter, de não ter claro evidentemente, percebem.
Pois não percebem, eu também não mas fico assim, um misto de inconsciente, com impaciente, pincelado com rabugice e rematado com intolerância incontinente.
Ou seja só há uma coisa pior que é dormir a sesta e acordar com e naquele estado gasoso, como se fosse por certo o pior gajo do mundo acabado de sair de um filme do Felini com uma faca na boca.
Mas pior que isso, é eu querer e não sair nada, estar bloqueado.
Buá buá, bloquearam-me, estão a dar cabo de mim preciso urgente, de ser desbloqueado, estar acordado mata-me, dá-me cabo da paciência, mói-me o cérebro.
Bom isso foi da boca para fora, foi um desabafo à minha capacidade de improviso, de dizer disparates, andava a escrever « coisas » demasiado sérias e com sentido, eu não tenho sentido, sou inconstante, não de personalidade mas de raciocínio, gosto de improvisar, em vez de ir para a esquerda avançar rapidamente para cima em direcção a Lua, avançar descontroladamente a procura de novas « Titans », adoro improvisar, mas a minha musica nada se parece com Jazz, até porque me irrita solenemente o Jazz e os seu intelectuais seguidores, sou demasiado pervertido para o seguidores do Jazz, gosto mais de sons, ritmos sei lá gosto por exemplo de Greens uma versão mais soft dos Blues.
Ok , até jazz, que já mostrei o meu ponto de vista, curto mas incoerente como gosto.

Apeteceu-me

quarta-feira, janeiro 19, 2005

Um dia Suave (conto)

Suavemente, o suor corria-lhe pela face, nada de preocupante, nem nada para preocupar.
O calor era tórrido, naquele dia de Verão, enquanto percorria o caminho de casa, com os olhos semi cerrados, tal era a luz do dia, a luz do sol .
O caminho era percorrido a passo quase de corrida, ao contrario da rotina diária de há muitos anos, que fazia aquele caminho calma e lentamente a pensar na vida.
Naquele dia, chegava da Cidade a sua amiga de sempre, há anos que ele não a via, mas todos os dias, todos eles, lembrava-se dela, do seu rosto, redondo como a Lua, maçãs do rosto ruborizadas, cabelos loiros escadeados, na altura por um cabeleireiro que tinha acabado de chegar de lugares longínquos, ela com o seu nariz empinado enfrentou o destino para uns, crueldade para outros.
Naquele passo, certo e decidido, ia doido para a ver, para sentir aquele cheiro que durante anos se arrastava na sua memória , um cheiro único a campo a uma alfazema ligeira, misturada com rosmaninho, quando se lembrava, crescia-lhe dentro da alma um sabor a Arco Íris, um incenso de nostalgia, mas hoje era mesmo de alegria.
Não fosse um arfar mais acelerado que o costume, ele soltaria um grito, a fazer lembrar os gritos de prazer em noites mais recatadas de paixão, apetecia-lhe gritar, mas não podia, iria fazer-lhe perder tempo, e perder o ritmo com que ia galgando a calçada.
Aproximava-se vertiginosamente de sua casa, naquele dia nem sequer ouve tempo para cumprimentar ninguém, nem a florista que todos os dias à mesma hora parecia pousar para o sol, nem o carteiro que todos os dias sai aquela hora da taberna, para falar com o sapateiro que a porta com os seus apetrechos apanhava a aragem da sombra que se formava por ali enquanto cosia meias solas, as mesmas meias solas durante semanas, fazia-o por prazer pela vontade de estar por ali a observar as “gentes” que entravam e saiam do café, ou quem estava doente e precisava de mimos para as suas doenças.
O coração pareceu parar, começou aos solavancos, começou a tremer, o nervosismo instalou-se estava diante de casa uma casa térrea caiada, estupidamente bem caiada, com contornos amarelos, uma amarelo sonho, naquela altura era o sonho de há muitos anos que se ia concretizar, pé ante pé, chegou a porta ,afastou o mosquiteiro, olhou para dentro da cozinha, o silêncio era enorme, ouviu uma enorme gargalhada, sorriu, sentiu o cheiro de sempre aquele cheiro bom, que o acompanhou durante aquela ausência e gritou bem alto o nome da sua Mãe.

(esteve para terminar assim :
(...)ouviu o seu nome bem alto, levantou a cabeça de cima da mesa em sobressalto e nunca mais comeu amendoins com sal)



Apeteceu-me

Pancada VII

(..)Ás vezes via mesmo filmes de mais, não sabia se o que sentia por ele era amor ou ódio, ele deve pensar que eu serei ou sou aquela parvinha, que no dia, que ele foi contar aquelas historias para a escola, onde reuniu meio mundo, para contar aquelas alarvidades, sobre mim, ainda um dia gostava de perceber o que realmente se passou naquela cabeça, não sei se isso vai acontecer algum dia.
Aquelas palavras ecoam-me ainda na minha humilde cabecinha :

- (...) Sabem malta ?! Ontem estive com a Palmira.
- OHHH ,então (em coro)
- Nem sabem o que aconteceu?
- Conta (em coro)
- Estive com a Palmira, e!!!
- Foi?! E? (em coro)
- Nus
- Nus ?! (em coro)
- (...) Vieste-te ?!(em coro)
- Sim vim a pé , como é normal, o meu pai tem o carro na oficina
- (riso geral) ahah manganão, conta lá não disfarces (diz o mais esclarecido)
Sim ,sim pois claro e depois ,sabem foi sempre a abrir.
- E a Palmira? (pergunta geral) (...)

Aquela conversa para mim foi tão absurda, que eu aida hoje tento perceber o tipo, tento mas não consigo é obvio que eu naquela altura, até que demorava a carburar, a pensar no assunto, realmente a perceber o que acabava de ser dito ali, fartei-me de gozar o pagode, tipo cá de trás da multidão, e se era uma multidão era mesmo muita gente, então quando o assunto era uma menina nem queiram saber!!
Eles, para saberem pormenores elas para poderem ter trunfos contra a concorrência, ali valia tudo, aliás se há sitio competitivo para o qual nós não estamos preparadas é o Secundário, eu vi-me aflita, mas sobrevivi, pelo menos da fama daquele energúmeno não me safei, mas naquela tarde e perante aquela assembleia, eu mandei uma bocas valentes:


- Então Garanhão a gaja (cá de trás, escondida em tom provocador)
- era perfeita umas mão magnificas
- Porquê és manicura arranjaste-lhe as unhas?
- Pois,pois.. (de quem não tem resposta e com sorriso amarelo)
- E descobriste-lhe o ponto G ? (esta era para matar, ainda hoje me rio da resposta dele)
- sim, sim , estava difícil, de o tirar, mas consegui
aqueles cintos da Gucci são mesmo difíceis, mas tem
aquele pontinho em cima do « G » (ali e acolá ouviram-se umas gargalhadas estridentes, claro só mesmo alguma miúdas perceberam a pergunta e entenderam a cretinice e imbecilidade da resposta)
- tocaste-lhe o clitóris ? (esta ainda foi mais maldosa)
- sim toquei, ainda tentei tocar Led Zeppling , mas ela odeia musica pesada
- tentasses uma mais levezinha.
- pois mas eu só tenho olhos para a Palmira.

Já não me lembro bem do resto, sei que me ri, que chorei a rir,acho que me mijei a rir e que andei muito divertida o resto da tarde, mas depois comecei a sentir aqueles olhares, de , como explicar, um misto de desaprovação e de heroina, mas também um misto de desenvergonhada com tarada sexual, e comecei a tomar as proporções da coisa, já era mesmo a coisa publica e começou a remoer a remoer, uma moinha na minha cabeça, a cólera e a raiva começavam a tomar conta de mim, numa rapariga de 14 anitos, imaginem, eu tinha os meus defeitos, era traquina, mas tinha alguma consciência, e aquilo começou-me a cair muito mal.
Ia para casa, não como sempre evitei ir com o Pilitas e
com o Vasco e ia a matutar como me havia de vingar.
Pensei em quase tudo até empurra-lo do alto do nosso
prédio, mas coitadas das pedras das calçadas.
Ao virar a esquina vi lá ao fundo a conversar, o Pilitas e o Vasco eles estavam de costa para a entrada do prédio, eu achei que era aquele o momento mas não me lembrava de nada, então ali antes do prédio tinha uma loja de electrodomésticos, que era do Tio do Pilitas, ali na zona da porta tinha uma pequena exposição a única coisa que se pegou a minha mão que tivesse uma boa base de lançamento, era uma daquelas panelas de pressão com uma pega grande tipo frigideira, escapuli-me para dentro do prédio quando eles entraram só me lembro, que ainda travei a tempo o meu ímpeto, porque se não teria sido a minha desgraça, travei a tempo salvo seja a carrapeta em ferro com o balanço saltou, e pimba 6 pontos do toutiço, apartir desse dia conversas com ele nunca mais, mas (...)


Apeteceu-me


terça-feira, janeiro 18, 2005

Sentido unico em New Orleans ( conto)

Cinzento, cinzento como a alma, era a cor de mais um dia na industrializada cidade lá do Sul, de onde vinham os pássaros, hoje mais velho mais sabedor, sabia porque os pássaros voltavam, mas também sabia porque partiam sempre.
Naqueles dias cinzentos, na ameaça constante da chuva, sentia a falta da musica, aquela musica que outrora me enchia os meus espaços vazios, a Alma, o coração e até aquela angustia de ter perdido o silêncio dos tempos de menino.
Era a musica que me fazia falta, que fazia o ritmo do meu já tão desgastado e vivido corpo, sabia que desta vida pelo menos a « carcaça », não a levava para lado nenhum, que ficava com a alma, mas essa sabe Deus onde a queria.
Mas a musica!!
Angustiava-me a falta de ritmo no meu corpo, toda a vida me servi dessa energia para me movimentar, puxar por ele, agora parecia estar a espera de um dia, de um mórbido dia, de um dia em que a musica iria espalhar-me pelas ruas, em que a musica, se iria servir de mim e não eu dela.
Gostava de planear esse dia, gostava de o ver, mas sei,que é impossivel.
Quem acompanhar o meu funeral, vai tocar hinos e lamentos a caminho do cemitério,vão dançar de guarda chuvas abertos, as ruas vão parar para me olharem pela primeira e única vez, vou ser notado, vão ouvir a minha musica, os meus ritmos, a minha alegria, vou ser alegre uma ultima vez.
Gosto de pensar agora enquanto estou vivo, no meu funeral, nas ruas de New Orleans, afinal só tenho 20 anos.

Apeteceu-me

segunda-feira, janeiro 17, 2005

Sobreviver por ai (conto)

Estava um dia esplêndido, um dia primaveril, os pássaros cantavam, os cães ladravam, a aragem que corria era agradável, nem sequer esgardunhava o cabelo solto, aquele cabelo escorrido, que caia sobre os olhos esverdeados cor de Mar.
Eram uns olhos atentos a tudo o que a rodeava, eram como setas apontadas a indignação, mas havia tristeza naquele olhar, um olhar por vezes distante, corroído pelo tempo, era a amargura de muitos anos sozinha.
Mas a sua energia contrastava, com aquela melancolia indisciplinada, que percorria as suas rugas, marcas evidentes de um tempo que não perdoava, de um sol salgado, misturado com iodo lado a lado com as rochas daquele paraíso.
O farol era a sua única companhia, ao longo dos trintas anos que era faroleira, nunca faltou um dia ao trabalho, isolou-se ali, longe do continente, foi um desgosto de amor, já lá vão precisamente 30 anos, enclausurada naquele pedaço de terra.
O único homem que vira, durante este tempo, foi o ajudante do Cabo de Mar, que semanalmente lhe levava viveres e óleo para acender o farol.
Naquele dia primaveril, no mês de Janeiro, a faroleira estava sentada no seu banco, talhado pelas suas mãos, fechou os olhos e sonhou, sonhou com tudo o que não viveu e com tudo o queria viver, nesse dia quando acordou, descobriu o sentido da vida, que aqueles 30 anos ali enclausurada tinham servido para se sentir viva, afinal ela era uma sobrevivente.
Ela era a imagem do dia a dia que me percorre pela Alma e pelo Tempo.


Apeteceu-me

" Alguém me cale por favor "

Nada de especial, nada mesmo, nem especial, nem sem ser especial, estava por ali, no Blog do meus amigos da ant3na , “Alguém me cale por favor”, do Estevão e do Luis e estava a dar a minha opinião sobre um tema, « o que faz falta é animar a malta» e tem a ver com a relação entre a Play list e o animador.
E Pensava, há gente genial, e há gente medíocre, é como tudo, e há o meio termo, que são as pessoas normais, ou ditas normais, no meio disto tudo, são mesmo os normais que me fazem bloquear.
Os Génios ,nós admiramo-los, invejamo-los, sei lá sonhamos com eles, tentamos imita-los, só não nos tornamos como eles porque não somos mesmo génios.
Aos medíocres , aprendemos a não ser como eles, evitamos a todo o custo, cair nos erros deles, mas não nos são indiferentes, até nos irritam e mexem connosco.
Agora dos “normais”, das pessoas que passam todos os dias tipo formigas, que parecem gente sem rosto essas, essas, ora essas (...) bloquei (tempo de desconto ... Ok podem começar a contar o tempo outra vez)...
Os ditos normais é que fazem andar o « barco » sem grandes sobressaltos, a não ser se for dirigido por um medíocre o barco descamba, e a culpa é sempre de um normal.
Se for dirigido por um génio, o resultado do bom trabalho é sempre da equipa, mas....e ai há sempre um mas, ou se é humilde ou as vezes , falso humilde, e a coisa sabe-se sempre que o toque...foi do génio mesmo.
O problema aqui, é que os medíocres e os génios só existem porque há gente normal, trabalhadora que gosta de gostar, e grande parte das vezes passa despercebida a toda a gente.
Devíamos fazer uma campanha, gostava de fazer uma campanha, para dar a toda a gente, os 15 minutos de fama a que tem direito, pelo menos que dizem que tem direito ou que se diz, que tem direito.
Isso sim seria um verdadeiro serviço publico, as Televisões e Rádios deste pais, deviam sair para a rua e pegar todos os dias numa pessoa ou em varias e perguntar-lhes, como está a sua Auto estima?
Precisa dos seus 15 minutos de fama?
Se precisa vamos a isso, e ver como afinal, há muito mais génios e medíocres por ai, só não tem é oportunidades.

Apeteceu-me

sábado, janeiro 15, 2005

Os meus Aliens

Estou morto e ninguém tem a coragem de me dizer, também ninguém me manda ir até ao centro comercial, a um sábado, pois a um sábado.
Pior com dois miúdos, ainda por cima jantar, está bem visto, acho que muito bem visto.
Parecia a Família Pipoca em acção, eu que nem sou de me envergonhar, a não ser com coisas que merecem a pena a nossa vergonha, aliás sou capaz de me esponjar no meio do Toys and R’us, agarrado a um boneco qualquer, mas hoje cheguei a ter muita vergonha muita mesmo, mas enfim já passou devia ter aproveitado os Saldos e montar uma barraquinha, podia ser que rendessem algum vil metal.
Mas tudo isto para dizer que depois de uma conversa qualquer sobre a lua, sobre a ida do homem a lua, se os homens conseguiam ir a outros planetas.
comecei a matutar cá com os meus botões, e disse :
- Ora porra somos uns « gajos » com muita sorte, pode haver extra terrestres, pode sim senhor, verdes, as bolinhas, muito inteligentes com naves diabólicas, armas daquelas que transformam uma coca-cola num par de peúgas, ou num queijo de Castelo Branco ou de Alpalhão, numa bela (...) não interessa agora para o caso, se não houver um belo vinho para acompanhar que os transformem em texugos ou gambás .
Mas pensava eu, podem ter tudo transformarem-se em belas mulheres e enganarem-nos porque afinal são lagartos. ou lagartas (bom se for a que fica ao meu lado em Alvalade até que.....).
Mas o que eu quero dizer, por muito que os planetas deles sejam evoluídos, não os estou a ver numa bela praia, a curtir o sol, ou numa tasca a dizer disparates a chegarem a casa com os copos, a arrotar no meio da rua e a coçar o rabo, muito menos num centro comercial num sábado a, levar com gambas de caril, por todo o lado, pior que isso só ver a cara do AgaKan da Piedade ou do Feijó a olhar para mim com ar de reprovação,sem me dizer « qué frÔ » .


Apeteceu-me


Pancada VI

(...)A grande verdade, era que tudo era tabu, era o aborto, eram a pílulas, era a própria menstruação, mas a culpa, não era nossa era dos nossos paizinhos que parece que viviam na pré-história, até parece que nascemos de geração expontânea para que era tanto tabu a volta das coisas, pareciam que andavam a criar flores de estufa, o que é certo é que elas aconteciam e depois é que era o delas, tive sorte na mãezinha que me tocou, quanto ao paizinho nem vou falar,pois se ele não consegue falar de mim porque terei eu de falar dele.
Nunca me bateu, também não me lembro de ele bater na minha mãe, mas gritava que nem, nem sei bem bem era um misto de corneta com bombos misturados com o som duma locomotiva a vapor, qualquer coisa assim do género.
Felizmente que o meu pai está em Angola debaixo de terra, deixou de nos chatear, de nos aborrecer, foi-se de vez, tanto para mim como para a minha mãe foi um alivio,
A Dona Henriqueta as vezes, ainda chora quando se mete a ler as cartas que têm guardadas, eu não tenho grandes saudades nem grandes nem poucas, assim fiquei com um belo carro, tenho uma casa só para mim, tenho muita coisa, que se ele ainda aqui estivesse bem tramada estava.
É claro que ás vezes tenho saudades dele, mas também pensar que ele ganha uma nota lá nas minas de Diamantes, e que é certinho aqui ao fim do mês é pena não ser uns diamantes, mas enfim não se pode ter tudo.
Mas também lembrar-me agora do meu pai era um bocado tétrico, afinal coitado do homem, anda lá fora a trabalhar para me sustentar,ou p+or outra anda lá fora a trabalhar para não estar aqui dentro a chatear.
A verdade é que a dor de cabeça continuava sem parar, e eu sem saber o que a « velhota » andava a fazer por ai, com um envelope, na mão toda sorridente, há dias que só me apetece é, desaparecer, para falar a sério agora apetecia-me mesmo estar numa igreja vazia sem ninguém, de olhos fechados sem ouvir nada a não ser aquele silencio tão profundo, dá-me uma calma fenomenal, pouca gente sabe ou desconhece, devem pensar que eu vou pedir aos anjinhos para me ajudarem na frequências ou nos exames, mas não, vou lá em busca de calma, de concentração, é uma boa formula, uma óptima formula, mas depois, de uma porrada de anos a estudar aqui estou eu feito parva, deitada na minha cama tipo uma colegial a procura do prazer divinal, com uma pancada na cabeça, que nem vejo e ainda por cima desempregada, não é que me possa queixar não me falta grande coisa, mas por vezes é um tédio, uma pessoas ás vezes está no sofá e já nem posição tem, nem paciência nem nada, lembro-me de RICHARD OSBORNE este era um dos gurus do meu curso de Sociologia.
« A Sociologia explica o que parece óbvio a pessoas que pensam que é simples, mas que não compreendem quão complicado é realmente ».
Estão a ver o dilema onde eu estava metida nos meus pensamentos?
Bom, qual dilema eu diria que era um trilema, os meu pensamentos iam muito além do que se possa pensar, chegavam as vezes ao absurdo do intelectual, para quem pensa que eu sou uma menina fútil, aliás é a minha imagem de marca, também gosto de a cativar, por vezes tem grandes surpresas, que o diga a Dr.a Monica, a psiquiatra, que mora aqui no prédio, deve pensar que eu sou parva, e deve pensar que eu não sei o que o Vasco andou por lá a fazer, em consultas, foi, foi até parece que eu não conheço o « animal », e mesmo que não o conhecesse a maneira que ela olha para mim, das duas uma ou é Fufa, ou o Vasco foi com aquela conversa da treta, que andou a espalhar por ai, espero que ele tenha aprendido, com aquela pancada de 6 pontos que me custou, eu sei lá custou-me muita coisa boa na vida e também custou-me muitas noites perdidas a pensar nele, mas a Dr.a deve pensar que eu sou parva, e mesmo que eu fosse tenho um aliado de peso o meu grande amigo Pilitas
que me conta tudo, sei que foi ela que o desvirginou, não ao Pilitas, mas ao Vasco, deve ter sido bonito deve, ela com aquele ar sabido com os óculos a caírem-lhe pelo nariz aquele cabelo apanhado com um lápis atras, estou a ver o filme(...)


Apeteceu-me

sexta-feira, janeiro 14, 2005

Nada de Ilusões (é mesmo louco )

Apetece-me soltar algo de dentro de mim, e não sei bem o quê!!
Dar o meu melhor a humanidade, despertar para as qualidades que não tenho.
Apetecia-me dar um mergulho no vazio e ficar a nadar na gravidade, ufa por pouco saia gravidez e isso é que não.
Nadar na Gravidade, é como nadar no vazio, no nada, ora deixa-me cá ver :
Você sabe nadar ?
Nada ! (responde seco e grosso)
Eu perguntei se sabia Nadar, escusa de me mandar Nadar
E eu respondi-lhe Nada
Lá está você, Nado se me apetecer, ninguém me obriga !

Ai está a relação entre Nadar e a gravidez, “ Nado se me apetecer “
Nado quer dizer nascido, um Nado que nada.?
Um Nado que nada pode ser um bebé a Nadar ou pode ser um bebé que não existe, Nada de Nada.
Mas enfim afinal só me apetecia soltar algo de dentro de mim, mas o melhor é estar quieto e não fazer NADA.

Apeteceu-me

Só se for a « Sueca »

Hoje estava aqui com um problema numa torneira, e gracejei, com o meu amigo M. Se ele percebia alguma coisa de canalizações, ele com o seu sentido de humor fantástico, disse-me que sim, que quando tinha problemas era tão fácil que, chamava o canalizador, mas que um dia deste teria um ajudante, o meu filho, a realidade é que ele já ajuda.
Ajuda a destruir, tudo, o juízo, os nervos, os brinquedos, mas também ajuda a pensar, que sou muito feliz quando olho para ele, para ele e para a irmã são uma verdadeira obra prima, é certo que precisam de umas afinações, mas nada de especial, eu que sou eu, ando a afinar-me a 40 anos, e bom e quando isto tiver o « point » ( isto dito soa melhor que escrito, opoint, parece uma mola a saltar tipo poing ), quando isto tiver afinadinho, pimba (...)
Bom mas isto para dizer, enquanto ia ali a oficina do SR. Martins buscar uma chave Inglesa que afinal é francesa, mas made in China, ia a pensar no que o M. me tinha dito, toda a vida joguei em equipa, Andebol, Futebol, Voleibol e Rugby , e agora conforme a idade avança, cada vez me isolo mais, ou é do feitio e de quanto mais velho mais chato, ( tenho uma defensora desta teoria ) ou então é quanto mais velho mais requintado mais sabedor, mais sábio e por isso com maior facilidade de ultrapassar os obstáculos.
Mas o que me doía quando ia a pensar nesta coisa, era mesmo que desporto é que posso fazer em equipa agora, jogar a bola, os meus joelhos estão uma lastima de quando era guarda redes, andebol, tenho que correr que nem um louco, voleibol, ando farto de procurar umas sapatilhas sem cola na sola e com molas e não há, por isso saltar é mentira, rugby, ai ainda há uma hipótese mas não, não há mesmo, o único desporto colectivo que me vem a memória é mesmo a Sueca, não vejo outra solução.


Apeteceu-me

quinta-feira, janeiro 13, 2005

O meu AMIGO invisível

Quem me conhece, sabe perfeitamente que costumo perguntar aos meus amigos mais chegados (e autorizados ), porque me odeiam, ás vezes é mecânico como era mecânico perguntar as minhas amigas, se me amam, mas há muito que não faço essa pergunta.
Mas, hoje re-descobri o meu amiguinho mais antigo e mais fiel, é curioso que não envelhece, continua com aquela cara jovem, covinhas nas bochechas , cabelo claro espetado, olhos sem cor, ou com muita sempre a brilhar.
Curioso não me lembro de ele Ter corpo, não me lembro do meu amiguinho Ter corpo, nem nome, mas não faz mal fiquei tão feliz, de o ver, que fiz uma festa, fiz muitas festas.
Perguntei-lhe por onde tem andado, olhou para mim fixou-me os olhos, sorriu, e disse-me :

- Por ai, pelos lugares que tu conheces, tenho andado a guardar-te tudo o que conquistaste, tudo o que é teu, tudo o que sempre quiseste, pequenas coisas que te faziam feliz, muito feliz, lembras-te dessas pequenas coisas?

Olhei, para aqueles olhos quentes e brilhantes, aquele brilho próprio de quem é puro, de quem só tem, imagens boas dentro de si, e quis saber que lugares são esses que eu não me lembro.
E ai o meu amigo sorriu, e disse-me :

- Os lugares do sonho, esqueceste-te quem eu sou, como me chamo?


E ai lembrei-me que nunca mais tinha lido o « Principezinho » de Saint Exupery, de Antoine Saint Exupery.
Porque ninguém escapa ao sonho, ao sonho de voar, de ultrapassar os limites, de ver novos lugares e novas gentes.
Mas saber ver em cada coisa, em cada pessoa, em cada espaço, em cada lugar, aquele algo que a define como especial, um amigo .
Não se pode esquecer, e é sempre preciso reconhecer o valor das coisas e das pessoas.


Apeteceu-me



As coisa, são o que são e depois!!!

Imaginem que hoje ia beber um café e pareceu-me que vi, o Papa, sim o Papa, vestido de branco, naquela indumentária, não se sei se chama habito, se chama escapulário, não sei bem mas era o Papa João Paulo II , Karol Josef Wojtyla, e durante alguns momentos, lembrei-me já fui a Roma e não vi o Papa.
Vai dai , fiquei um bocado indignado, até porque tinha vestido, umas calças de fato treino azuis e um blusão de capuz cor de laranja, nada de especial para quem acabou de acordar, mas fixei-me naquele pensamento, que tinha ido a Roma e Papa népia, nada riem, e comecei a matutar uma data de coisas, para já refilei que odeio café em chávenas escaldadas, depois odeio café cheio, mas nem isso me tirou a minha disposição que nem era boa nem má, era assim assim, tipo bacalhau que nem é peixe nem é carne.
Mas depois pensei, ufa que sorte fui aos EUA e não vi o Bush, estava empatado, e ai decidi pedir o jornal.
Odeio ler o Jornal sentado quando vou ao café, parece que as letras empanturram o cérebro e ficamos iguais aquelas pessoas que passam o dia a vegetar no café e que só bebem um galão, e ficam com aquele ar de café em prefeita simbiose, que se não estão lá um dia e parece que mudaram a decoração, meros efeitos decorativos, porque com eles ninguém enriquece.
Mas eu fui a Roma não vi o Papa essa é que é essa, mas sei porque se chama uma Italiana ao café curto, porque lá nas terras de gente gira, e miúdas bonitas (nada que se pareça com as nossas,escapam) a Bica, o simbalino, o café, só serve mesmo para sujar o fundo á chávena.

Apeteceu-me

quarta-feira, janeiro 12, 2005

A minha Secretaria

Confesso que me apetecia algo,e não era nada que o Ambrósio me pudesse dar ou oferecer,mas apetecia-me, confesso que não sei bem o quê e confesso ainda mais uma coisa, estou com uma vontade irresistível de fazer algo diferente, estava a pensar saltar para cima da minha Secretaria e despir-me, o problema é que lhe salta a tampa muito facilmente, e não quero chatices com quem manda nela, com o engenheiro da Secretária.
É uma sorte a minha Secretaria Ter um engenheiro só para ela, nem todos ou todas se podem gabar de Ter um Jornalista e um Engenheiro, a minha Secretaria pode, confesso que teve sorte nisso.
Mas a minha Secretaria tem uma outra virtude não GRITA, não BERRA, aliás não diz nada, não se queixa, não passa a vida a lamentar-se, por exemplo que a vizinha é casada, com o filho da prima do tio, que era sogro ao mesmo tempo amante , mas nem sempre estava lá.
A minha Secretária não é dessas coisas, é verdade que é muito cinzenta, bastante cinzenta, mas é um cinzento clarinho, quase azulada aquela cor Twin Peaks.
É também um bocado chata aliás diria mesmo, chata de mais, mas é uma boa Secretária, pode-se confiar nela, é verdade, mas irrita-me não poder pular em cima dela e despir-me, tenho uns Boxer’s novos e não os posso mostrar ao pessoal .


Apeteceu-me

terça-feira, janeiro 11, 2005

A Revolta do Juqueri

Compreendo que ás vezes se procure á nossa volta aquilo que não existe, é por essa razão, que por vezes nos sentimos revoltados, a minha revolta só faz sentido se houver lugar para ela, mas porque razão me vou revoltar?
É isso que eu digo e que penso, que havia de haver uma medidor de revoltas tipo :

- Ora a tua revolta como está hoje?
- Bom minha revolta, hoje está 3,3 na escala de Napoleão
- E na escala de Schwarzenegger ?
- Bom nessa estou 2 ª a esquerda de Rambo
- Ah sendo assim hoje podemos jogar a Sueca, saia um copo

Porque será que nascemos sempre tão revoltados?
Porque será que somos filhos da revolta?
E porque será que a nossa revolta nasce sempre por culpa de algo que correu mal a alguém.
Hoje vou-me revoltar com os meus boxers, estão demasiado vestidos, a culpa é de quando era pequenino e cai do berço, porque os amendoins que o marinheiro tinha na mão, eram demasiados parecidos com a crosta da ferida que vi num filme de Manoel de Oliveira.
De uma coisa não tenho duvidas, que me revoltei e fiquei um bocado apanhado, quando me perguntaram se eu sabia a resposta a esta advinha :
Iam dois marinheiros a passear nos cais, de quem era o trenó?
Calculei isso mesmo, mas a resposta estava errada, o trenó não era mesmo de ninguém, porque os marinheiros caíram á agua.

Apeteceu-me

Pancada V

(..) Mas a grande verdade é que nem para um berro á minha mãe tinha coragem, tinha mesmo medo que a cabeça me saltasse para algum lado menos conveniente .
Enquanto nada acontece vou tentar desvendar os meus mistérios de uma noite que deve ter sido atribulada, podia tentar chegar lá pelo hálito, mas era um cheiro terrível a tabaco, misturado com pasta de dentes e a álcool que vinha do meu interior, não aquele interior, profundo e bom, aquele interior muito cristão, esse interior não fazia a mínima ideia de onde surgia, tinha de ser mesmo lá do fundo mas esse fundo a maior parte das vezes, não, não vou dizer, até porque não era esse fundo que fazia parte do imaginário colectivo, era um outro fundo, do fundo sei lá de onde, devia ser das antípodas do outro fundo .
Outra das coisas que me interrogava, era mesmo se as outras raparigas eram assim, como eu, ou se eu era mesmo a excepção a regra, tinha duvidas se havia muitas miúdas iguais a mim, com a mesma maneira de falar, de sentir, de fervilhar, de dizer, acreditem que eu sou muito durona, mas lá no interior sei lá naquele fundo, as vezes choro, por estas coisas, quer dizer, choro e não choro, alivia-me a alma.
Bom estes pensamentos cada vez estão piores, estou com a emoção a flor da pele,a emoção e a comoção se é que isso existe, estava aqui a recordar-me para ai no meu 6º ano estávamos todos a discutir na aula, aquelas conversas sectárias do costume, que o homem é melhor que a mulher e que a mulher faz isto, e tem bebés e que o homem tem bobós, e estúpido para aqui, parvalhão para ali, mentecapto para ali, fuinha para acolá , e eu lembro-me de dizer :
«Vocês tem a mania que são expertos e inteligentes, ainda gostava de saber quais são as vossas conversas entre rapazes»
a qual o Vasco respondeu:
«São as mesmas que as vossas, porquê devem pensar que são as supra suma da batata».
E lembro-me que me saiu assim um:
« As mesma que as nossas?!? Ai que ordinários».
Ainda hoje sou gozada por causa dessa historia, mas isto tudo para dizer que eu posso ser assim meio, como dizer, abrutalhada , meio pouco feminina nos actos, mas não devo ser a única.
Mas eramos umas espertalhonas, lá o nosso grupinho.
Tínhamos tácticas infalíveis para saber quem eram os rapazes que gostavam de nós , ás vezes envergonho-me do que andei a fazer, que horror, mas que resultava, resultava era tiro e queda, então montávamos guarda a porta da casa de banho dos rapazes e ia-mos ver as portas das retretes o que lá andava escrito, tipo Vasco Love Palmira, a Virgindade da Palmira mora aqui, coisas deste género e com uma fluência literária que metia dó ,de um português ,sei lá ,será que se pode dizer invernáculo ou cavernáculo?
Mas ouve uns escritos que lá vi fabulosos, nunca mais me esqueci, que eram :
« Eu f*** a Cameron Diaz,
Eu f*** a Inona Rider,
Eu f*** a Catarina Furtado
Eu f*** a Fernanda Serrano»
E depois por baixo estava com uma piada medonha:
« Tu f***-te foi a parede toda ao homem ».
Apesar de tudo nas paredes das casa de banho, dos rapazes liam-se algumas coisas interessantes, mas quem não se sentava naquelas retretes ai, era a filha do meu pai essa é que não era, bom mas eu pelo nojo, mas haviam de ver como pensavam muitas raparigas, naquela altura, quando aparecia alguma rapariga gravida, geralmente tinha sido por contagio, sim contagio tipo infeccioso , era sempre por artes magicas do acaso, aliás muito incesto devia de existir, ou era na toalha da casa de banho, ou na banheira .
Hoje rio-me com isso, aliás tem uma certa piada como pensávamos antigamente, era fantástico, mas os nossos pais também nos alimentavam essas ideias.
Só de pensar na falta de informação, deviam de fazer abortos a atirar pedras as cegonhas, meu Deus.

Apeteceu-me


segunda-feira, janeiro 10, 2005

Cobardia (mas não só)

São pequenos pormenores que nos fazem grandes, Eu disse pormenores, não perus menores, esses são perus com menos de 18 anos, por consequência pequenos.
Eu estou a tentar escrever algo, mas não sei bem o quê.
O que eu tento dizer, é que não é por se ter mais de 18 anos que se é maior, faz-se anos e como por artes magicas, começamos a ter dignidade, a sermos mais cuidadosos, mais conscientes, mais elevação, mais moral, não, não é por artes magicas, essas coisas aprendem-se ao longo da vida, eu com 40 aninhos ( eu sei que não parece, estou muito bem conservado em formol ) , estou todos os dias a aprender, a ser mais digno, mais, tudo o que acabei de dizer.
Ainda hoje aprendi a controlar-me, a ter mais uma medida de autocontrole, quando o meu filho,de 5 anos chegou a casa com um pequeno arranhão por cima do olho e me explicou que 3 miúdos o agarraram e lhe bateram.
A minha primeira reacção foi dizer-lhe apanhas um a um de costas e dás-lhe com um pau ou com uma pedra, mas parei para pensar e achei que estava a ensinar ao miúdo a ser cobarde, a não enfrentar as coisas de frente, então disse-lhe, o pau é para manteres, mas dás-lhe de frente, não foi bem assim, mas fica a imagem.
Mas a ideia, é que aquilo que se vai aprendendo vai ficando connosco, não aparece do nada, não cai do céu aos trambolhões, é a nossa mais valia.
A verdade é que antigamente víamos as pessoas, a entrar nos elevadores tiravam o chapéu, diziam bom dia, boa tarde ou boa noite na rua cumprimentavam-se e esses valores parecem perdidos para sempre se não se parar para pensar, a agressividade da publicidade que incita a compra a qualquer preço dos mais variados produtos, também não ajuda a encontrar valores morais.
Basta entrar na escola primaria do meu filho e ver miúdos de 6 anos, digo e repito, miúdos de 6 anos de telemóvel, acreditem que se eu mandasse o telemóvel só poderia ser usado e vendido a maiores de 18 anos, e teriam de tirar a carta de uso de telemóvel, acham que uma criança deve ter telemóvel ?
Para quê, para os paizinhos controlarem os filhinhos a distancia?
Não tem tempo para eles então controlam-nos a partir das novas tecnologias, um dia deste, saem da MAC (maternidade Alfredo da Costa) já com um camera incorporada.
(moral da história a consciência e a moral podem ser herdadas, mas se não houver esforço duvido que alguma vez isso apareça )

Apeteceu-me

domingo, janeiro 09, 2005

Fui roubado ( mas o Sporting ganhou e já é 1º )

No Sabado senti-me roubado, roubaram-me tudo, roubaram-me a alma, enfim roubaram-me.
Não é que fui ao grande jogo, ao jogo do tudo ou nada, da 2ª circular, claro que a jogar assim, o Grande Sporting arrisca-se a ser campeão.
Mas senti-me roubado quase humilhado, não foi pelo arbitro esse que se dane, tem família que o ature, aliás vai ter de aturar pelo menos a mãe, que não se faz o que se faz, para depois chamarem todos aqueles nomes a mãe, pelo menos deve pensar antes de agir ou de apitar.
Mas continua a dizer que fui roubado, levaram-me a minha consciência tranquila, e também não falo do preço dos bilhetes que felizmente tenho bilhete de época, que não é meu claro, é do desgraçado de um amigo meu , que tem um Director do Benfica, e então arranjou-lhe um «Passeio Publico » ao domingo, um grande bem haja para o seu benfiquismo Sr Director, desculpa lá Canelas mas foi mais forte que eu.
Mas continuo a dizer que fui roubado, não pelo dois golos do Liedson, bem ditas férias de Natal, cá por mim podes estar 15 dias de férias outra vez antes do jogo do Porto.
Mas fui roubado, a entrada, daquele grande e bonito estádio, levava a minha garrafinha de água, de 33 centilitros, e roubaram-me a tampinha(eu sei que é assim, que são ordens mas eu sou Português), dizia eu roubaram-me a tampinha da minha rica garrafinha, a minha bela tampinha, resultado eu que bebo agua que nem um «Camelo» , não pude ir encher a bem dita garrafinha ao WC claro, a 1 Euro cada garrafinha, foi um descalabro a noite ficou-me cara gastei 2 Euros, sinto-me roubado.
(Moral da história sempre que vás á Bola, leva uma tampinha suplente no bolso).


Apeteceu-me

sábado, janeiro 08, 2005

Pancada l V

(...) É simples é barato e dá milhões, é um grande amigo, tem um defeito não mente, tipo :


- Oh mãe ontem estive em casa da Susana (namorada do Pilitas), a noite toda até adormeci e se não acredita pergunte ao Pilitas
- Oh Pilitas é verdade, o que a Palmira está a dizer ?
- Bem Dona Henriqueta, tecnicamente é verdade, mas basicamente não é bem assim ela passou por lá, quer dizer disse-nos que ia passar por lá, ela Dona Henriqueta, como lhe vou explicar ameaçou-me, para lhe dizer que esteve lá, há 2 minutos.
Claro que Dona Henriqueta espero que não me leve a
Mal.
- Estas a ver Palmira, nunca posso confiar em ti, aqui o
Pilitas é sincero, nunca mente e diz-nos sempre a
Verdade, não é?
- Sim claro, quer dizer, pois é essa a minha intenção ás vezes sabe?!
Omito umas coisas de nada, aliás eu penso que a Palmira ,também é assim.

Por isso é que digo que o Pilitas, é único, muito sincero, é obvio que desta vez, eu sei que até era mentira, mas disse á minha mãe que ele me tinha pedido para não passar por lá, porque queria dar uma valente «trancada» na Susana» (isso queria a Susana).
A minha mãe só não lhe deu um treco porque já me conhece de ginjeira.
Quanto á «trancada» na Susana o Pilitas achava que a namorada era para levar virgem para o altar, eu disse a namorada, porque ele podia ser dado a religião, mas de parvo não tinha absolutamente nada, ai não tinha não .
A verdade é que a catadupla de pensamentos parvos não passavam, e eu quanto mais sabia que me tinha de levantar, mais ficava pregada ao colchão, era uma briga, uma briga exacerbada entre eu o colchão a almofada, a vontade de não me levantar a consciência de me ter de levantar, a almofada que não deixava a cabeça levantar, os pés que se auto prendiam ao edredão, a verdade é que este género de coisas excitavam-me muito mesmo, agora havia um pequeno problema que era perceber porquê, mas não sei até porque tudo me excitava acho que tinha a ver com o foro psicológico,qualquer coisa da mesma classe, as vezes só me apetecia era auto flagelar-me, a dizer sua tarada, sua miúda sem escrúpulos sexuais, sua isto sua aquilo, mas suar nada, o problema é que me dava muita vontade de rir, e ria, ria quase até ao sufoco, parecia que estava pedrada, com uma bela ervinha, vinda ali do, psiuu não se pode dizer se não ainda vão a varanda dele (hihihih) e lá se vai a nossa produção caseira, foi aqui que eu percebi, o que era uma empresa familiar, ou uma empresa de amigos « mais bem falando», aquilo era do melhor, ele plantava, o Pilitas secava-as no forno e eu testava o produto, ainda não fizemos dinheiro nenhum, porque estamos á dois anos em testes de qualidade, sempre ouvi dizer que uma empresa, para ser uma empresa deve testar bem os seus produtos, e era o que nós fazíamos mas eu é que era a «testadora » oficial, nunca chegávamos a grande conclusão porque ficávamos E.H.L. ou seja num Estado Hilariante Lastimável .
Bom, grande susto enquanto estava aqui neste meus pensamentos de luta contra a cama, a minha mãe veio, mais uma vez fazer-me, não, antes obrigar-me a privar da companhia e beijos dela.
Veio dizer-me que ia sair mas que já vinha, perguntei-lhe se haviam as garrafinhas milagrosas ou Guronsans, umh, estranho é que levava um envelope, e ao que me pareceu dizia Sr Vasco, devia ser algo importante, mas, Vasco?! !?
Vasco, ora espera, nã, não acredito, não acredito mesmo, Sr Vasco não é de certeza para o energúmeno, deixa-me rir, mas de qualquer forma já pergunto a mãe, mas penso que aquela carta deve ser a razão desta minha dor de tola, de mona ou do raio que a parta. (...)

Apeteceu-me




sexta-feira, janeiro 07, 2005

Eu não odeio ninguém mas.....

Odeio, odeio de uma maneira que nem vos conto, ok (1, 2, 3....), desde o dia 1 de Setembro que me privo diariamente de algumas coisas que adoro, as pessoas nem imaginam o que eu tenho de penar, ou que ando a penar.
Ora já lá vão quase 5 meses e com esse 5 meses, também vão, ou por outra eclipsaram-se 20 preciosos e caríssimos quilos, muito tempo e dinheiro investidos, para não falar dos bons momentos que passei para que eles se (a)pegassem a minha barriga, foi duro mas consegui, foi uma luta que durou pelo menos 20 anos muito tempo para que as vezes não me dê vontade de chorar.
Agora lá tenho todos os dias antes de me deitar de fazer o Chá, não no deserto, mas na minha cozinha, o meu horroroso Chá linha leve, o meu Cházinho de 12 ervas e algas que tenho de beber todos os dias depois das refeições, quilo, após quilo, um sacrifício, de todas as noites ao jantar comer saladinhas e uma sopinha, mas os meus adorados quilos, adorados e caros, não imaginam quanto custa 700 grs. de posta mirandesa, umh a escorrer sangue, que coisa divinal, mas acabou-se, agora só posso comer 650 grs. De 2 em 2 anos, mas faço esse sacrifício, por mim pelo meu ego e pela «crise dos 40».
Mas odeio, odeio mesmo depois de todos os sacrifícios que vos acabei de contar que olhem para mim de alto a baixo e me digam, Carlos estás mais GORDO não estás?


Apeteceu-me

Pancada lll

(...)Tirava macacos do nariz, fazia umas bolinhas apetitosas e depois laçava os macacos para o vazio e ouvia-os a bater estrondosamente no chão ou contra o guarda vestido ou contra a minha secretária ou sei lá ficava frustada quando caiam no tapete porque não podia ouvir aquele belíssimo plock, um plock divinal feito de um belo macaco do nariz, eu continuo a pensar que devia de haver, olimpíadas do macaco, tipo:
O arremesso do macaco
O mais belo Plock do macaco
O maior macaco
O mais viscoso macaco
A colagem do macaco na retrete (no urinol para a classe masculina)
O mais expansivo macaco no vidro do WC

E depois desta dissertação, sobre os macacos lá continuei, com o meu plock, plock .
Macacos mais macacos a chamada macacada final, nada de muito especial ou não fosse eu uma mulher, mas as coisas que me lembro, uma mulher que devia de ter muito tino mas não tenho, a minha mãe até que é uma «gaja» porreira, senhora « gaja», porque por exemplo eu nas mãos da minha Tia Luisa, bem lixada estava, a esta hora já tinha um enxoval completo, completo não!?
Faltava-me o essencial, o «gajo» a desgraçada da minha prima Ana que já tem 24 anos, ainda nem cheirou a coisa, coitadinha, o mais perto que esteve de um beijo foi na missa, no casamento não me lembro bem de quem também, não é muito importante o casamento, claro, mas na missa naquela parte, em que se beija, o nosso semelhante assim na Terra como no Céu, a minha prima Ana beijou um miúdo todo bom, na cara claro foi o mais próximo que ela esteve de sexo ou de um linguado ou de qualquer coisa, que dê calores, aliás segundo sei o Meu tio Manel, nesse casamento já não tirou os olhos do rapaz, com medo que acontecesse alguma coisa de grave, o grave aqui deve ser mesmo o rapaz tossir e poder engravidar a prima Ana ou coisa do género, aliás a miúda, a miúda uma fava, ela é mais velha que eu, mas coitada, a miúda, sofria com o período menstrual a brava, coitada, o médico mandou tomar a pílula para regular a coisa, e a desgraçada, quase foi deserdada só de pensar naquilo, pílula naquela casa é heresia, aliás acho que a pílula, se o meu Tio a deixasse a Ana tomar, qual tomar utilizar o homem é tão, nem sei a palavra para o definir para ai retrogrado, ou não sei bem, o meu vocabulário não chega para o definir, mas a pílula presumo eu que segundo ele deverá, ser usada, pressionada entre os joelhos, para nunca a deixarem cair, é uma forma a nunca abrirem as pernas ,que horror , ou seja se em vez da pílula meter uma granada, também faz um belo efeito, ai deve ser uma pílula abortiva, bom não vou gozar mais com esta história, isto tudo para dizer que a minha prima Ana é uma desgraçada, e se não se impõe depressa ainda tem um valente desgosto um não dois, além de casar virgem, vão-lhe escolher o noivo, um dia ainda faço uma cruzada a casa dela, posso sempre levar o Pilitas e o Pilitas era um bom partido para ela, ai se é.
Até que tinha graça, muita mesmo, é o tipo de moço que os pais de qualquer garota, adoram, adoram mesmo odiar, o Pilitas, é um «Moçoilo» como posso explicar !?
A melhor maneira de explicar é não explicar, porque é absurdamente inenarrável(...)


Apeteceu-me

quinta-feira, janeiro 06, 2005

Pancada ll

(...)A historia é rápida foi uma vez num churrasco brasileiro num rodízio, ou lá como chamam eu provei a caipirinha.
( bebida feita com lima, cortada às rodelas ou macerado, açúcar, gelo picado e cachaça, muita de preferencia )
Os rapazes traziam carne a força toda mas eu depois de provar aquela dadiva dos céus, parecia que o mundo ia acabar e bebi o mais possível, a primeira vez que fui a casa de banho, ainda me lembro.
Aliás, só me lembro dessa vez as outras contaram-me, que olhei para o espelho e ria-me que nem uma louca, e falava comigo própria ao espelho, tipo a madrasta da branca de neve só que para mim os espelhos metem muito.
Figuras, pois figuras tristes, muito tristes, isto tudo para dizer que fiquei em coma etílico, por outras palavras com uma bebedeira monumental.
É ai entra a garrafinha milagrosa deram-me daquilo e pareciam que me tinham dado um choque, daqueles dos filmes com um desfibrilhador são duas coisinhas que se esfregam uma na outra que parecem dois ferros de passar a roupa, e depois espetam com aquilo no peito, e tu dás saltos que pareces o cão do Pilitas, por falar em cão do Pilitas o que é feito do Cão Guru ?
Continuando a minha experiencia da garrafinha milagrosa, abri os olhos de uma maneira que no outro dia parecia que tinha uma distensão muscular na pálpebra, simplesmente maravilhoso .
Sempre que havia alguém conhecido que fosse ao Brasil, não mandava um bilhete postil mas pedia sempre para me comprar as benditas garafinhas de extracto de guaraná .
A caipirinha, essa enjoei-a de uma forma que nunca mais bebi, a não ser uma Caipiroskas, com Vodkra, ou Caipirissimas com Tequilla, o que me irritava muito, porque a caipirinha lembro-me e contaram-me depois que estive, e estava sempre alegre, porque sou um bocado maníaca ou depressiva, e passo logo a fase do choro, por causa daquele filho de um comboio de melancias do Vasco.
Mas mesmo assim sentia-me terrível, parecia que tinha acabado de ser atropelada por um comboio, só espero mesmo que haja aqui em casa alguma coisa milagrosa .
Faço votos para que exista.
Eu sabia que tinha de atingir a cozinha, eu sabia, quais as coordenadas, para lá chegar, da minha cama até a cozinha eram 7 passos, abrir porta do quarto virar a esquerda 12 passos virar a direita abrir a porta, dois passos, rodar a minha direita , esticar o braço e vasculhar a cestinha que está em cima do micro ondas e encontrar o remédio milagroso, se for para chamar o gregório em vez dos 12 passos, são só 6 virar a direita, mais quatro passos, ajoelhar, puxar o tampo para cima e gritar por ele até a exaustão .
Mas hoje até que a coisa estava a correr bem, andava tudo a roda, mas nada de muito complicado, ,mas o pior era, sair da cama , tinha de ser de uma só vez, rodar o rabo, tipo Break Dance meter os pés no chão apoiar as mãos nos joelhos e upa para cima, o pior é que as pernas vão bambolear, já estava a ver o filme, e que filme, bom o melhor era passar a acção, 1, 2, 3 e ......
Pois era tudo fácil, mas aconteceu aquilo que se chama o efeito sempre em pé mas, em versão deitado, eu era a sempre deitada, e sabia, tinha a certeza que me tinha de levantar e que era um dia importante para mim, muito importante mesmo, bom, naquela altura precisava mesmo de duas coisas de relaxar, e de que aquela pancada me passasse, então continuei deitada e fiz uma coisa que adorava, como estava um silencio sepulcral,(estas coisas não se devem dizer, mas eu digo tudo como os malucos, por isso é que pensam que eu sou uma rapariga, meio esquisita)(...)


Apeteceu-me

Pancada l

...«Mãe porra já basta, já estou acordada, que merda, já não chega o raio da dor de cabeça que tenho e ainda vens para aqui pôr-te aos beijos a lambuzar-me toda».
Se havia coisa que mais odiava era ser acordada com beijos .
Guardem os beijos para, sei lá para quem haviam de servir os beijos, cada vez que me lembro de beijos lembro-me sempre de cerveja, de imperiais, quando a espuma esta a cair e uma pessoa sorve ruidosamente, e depois olham todos para nós com aquele ar de desaprovação, que só apetece logo a seguir arrotar a camionista, e despentea-los a todos.
Que chatice, já eram 8 e meia da manhã, que grande porcaria, até estava com medo de subir as persianas, e levar com aquela luz toda de uma vez só nos meus olhos, parecia o milagre de Fátima, cheio de cor e luz .
Mas o que precisava agora mesmo era de uma velinha em honra de Nossa senhora dos Gregos ou do gregório ou coisa parecida, que enjoo que enjoada que estava e gravida garanto-vos que não estou .
Do outro lado só ouvia a minha mãe a zurzir de um lado para o outro, «a Palmira isto a Palmira aquilo», a Dona Henriqueta ainda me gasta o nome, que engraçado e que estranho mas sempre me lembro de tratar a minha mãe por Dona Henriqueta, porque seria???
Pois sei lá, também nunca ninguém me explicou porque é que o Stevie Wonder não podia ver o Ray Charles , eles que até pareciam pessoas muito simpáticas, porque teriam assim um ódio tão grande.
A minha cabeça rodopiava a noite tinha sido de borga, o mais curioso é que não me lembrava porquê, estava, com uma estranha sensação, o Cérbero estava entorpecido, lembrava-me que era sábado, que tinha qualquer coisa para fazer e não sabia bem o quê, trabalhar não era de certeza , emprego também não tinha , fundo muito menos fundo de desemprego claro, porque não fazia a mínima ideia do que era trabalhar, lá no fundo até que sabia mas era um fundo tão longínquo, que não o queria imaginar, bom só se fosse nu.
Grande pedrada que eu ainda tenho em cima, nestes dias tudo o que me vinha a moleirinha era disparate, se não era disparate era dor, dor por dor prefiro mesmo o disparate, eu sei que a maior parte das pessoas dificilmente conseguem, compreender o porquê de uma rapariga dizer e fazer tanto disparate, não é pelo disparate é pela rapariga em si, não conseguem conceber isso no seu meio palmo de testa, uma rapariga a dizer disparates e a fazer disparates, muito menos a enterrar uma panela pelos «cornos» de um gajo abaixo ,bom a história do Vasco fica para outras núpcias, «pera» lá !!
Eu disse núpcias ??
Pois, ora núpcias, núpcias ,está-me a tentar dizer qualquer coisa mas(...)
não chego lá por enquanto.
Eu quando estou assim, antes de conseguir abrir os olhos, todos remelosos ,gosto de estar de barriga deitada para cima, pernas abertas braços a agarrar na almofada, para a puxar para cima para me tapar as orelhas, é a maneira de eu não sentir nem dores nem o quarto a andar a roda, parece uma carrossel, anda que se desunha.
Entre as coisas que me vinham a cabeça era:
onde é que passei a noite, porque a passei, que me fizeram e porque fizeram e com quem fiz, atenção falo de copos, não falo de quecas isso são outros 500 paus, outras historias de um outro rosário quer dizer podem ser deste, mas só são quando eu quiser, e agora não quero mesmo pensar nisso, quero pensar quando conseguir alcançar a cozinha, que neste momento é inatingível e esteja lá o meu estrato de guaraná, o meu querido amigo desintoxicador hepático, uma coisa amarela, com um sabor horrível, parece que estão concentrados em 20 ml, 20 kilos de açúcar, mas é tiro e queda .
É espantastico, fabulástico, incrivelmente arrebatador de ressacas e pedradas. Só peço a todos os santinhos que ainda tenha algumas bombinhas, daquelas, porque se não tenho estou perfeitamente lixada com PH, é coisa para me suicidar, tipo enforcar-me pela barriga, pois claro pelo pescoço depois faltava-me o ar, só espero que sim, aquelas pequenas garrafinha, foram uma dadiva de Deus(...)



Apeteceu-me
(aqui começa mais um capítulo de uma nova história que me sai da Alma e do corpo)

Silêncios...(Adoro barulho)

os silêncios lembra-me ,nada
os silêncios ,nada me lembram
os silêncios ,andam por ai
com passos certeiros de nada
o silencio apaixona-me
apaixona-me os silêncios
cruzar-me com nada
com a precisão de tudo ter.
com a vontade de te ter em silencio.
ouvindo o teu arfar ,na pele de nada,
sentindo o teu arrepio ,nas mãos do silencio
quebra, quebrado ,quebradiço
arre ,que é postiço ,esse teu silencio
que acaba de despertar um grito de odores
que se libertam em prazeres
que rodopiam ,em gemidos
saem caricias de silêncios
saem fluidos de ambar
não há grito ,nem gemido
há um esgar ,para matar
e o silencio fica ,todo embaraçado
no meio de nada ,em ternura violentas eu sei,
eu sei .... acontece

apeteceu-me

CoM esta é que me tramaram!!!

olá
viva este parece ser o sonho de alguém que não eu,ou por outra ,a realidade é que me atiraram para aqui sem Dó nem Piedade, teria muito para dizer sobre Dó e Piedade,mas o melhor mesmo é ficar por aqui e não me alongar muito,mas a todos os que me empurraram um grande abraço


apeteceu-me