É ver circular pelos mail’s, pela caixa de correio, de mão em mão, sms, mensagens alusivas ao período.
Um período que cada vez mais apela ao consumismo, até de palavras, consumir o mais possível palavras, oferecer palavras grande parte delas ocas, vazias e hipócritas.
Duplicidade de gestos e atitudes, falsidades. Um ano inteiro de filha de putices resumem-se depois apenas a umas meras palavras de arrependimento, para uns dias depois voltar ao mesmo… e assim sucessivamente durante um ciclo de vida.
É talvez por isso que alguém escreveu “ Natal é sempre que um homem quiser”.
Provavelmente para fugir aos sorrisos vazios que se cruzam por entre dias, por entre os bolos Rei e uma posta de bacalhau, um copo de vinho cruzado e sem sabor.

Também é verdade que A hipocrisia das palavras dos “homens” resvala nos sorrisos sinceros das crianças, naquela ingenuidade fantástica que nos arrebata a nossa força de vontade de descobrir e cumprir um tradição cada vez mais sem razão.
Realmente esta altura consegue deixar-me a pensar… porque será que as pessoas tentam enganar as outras, será que pensam que somos todos estúpidos? Deve ser! Só pode.
Faço outra pergunta? Será que sou só eu que penso assim?
Porque será que as pessoas não fazem isto no dia de São Valentim? (louco, passo a explicar)
O dia de são Valentim é mais um daqueles dias inventados com utilidade meramente comercial, não é? E o Natal? O Pai Natal (como ele é actualmente) é uma invenção da Coca Cola e serve meramente para incentivar ao consumismo, não é por acaso que os grandes lançamentos de novos produtos a preços estupidamente caros, é nesta altura, um jogo que hoje custa 60 € daqui a 15 dias custa 24.99 €, mas agora é que se vende, é agora é que os media massacram as pessoas para consumirem… e no fim… o dinheiro acaba-se e acabam-se as hipocrisias e as boas festas e aquelas mensagens meio estúpidas que pouco ou nada dizem. E os dias voltam ao normal e durante um ano ninguém quer saber de ninguém a não ser que precise de um favor… e ai lá se vai o orgulho pela pia abaixo.
Apeteceu-me
"Um dia... a realidade vai cair e um enorme buraco negro vai aparecer". Charles de Folie