domingo, fevereiro 26, 2006

(...) Intrepelação


(…) A loucura da vida, o tempo, tudo que a rodeia...o rodopiar da mente, a alma turva de tanto abanão.
A vida salta, de emoção em emoção. Ontem corria a verdade sobre nada, hoje sobre nada corre nas veias da sua insensatez.
Levantava a cabeça, o alcance da sua visão dá-lhe uma imagem demasiado ampla daquilo que quer ver, só algo lhe interessa. Não conseguia a sua perfeita focalização, isso adormecia-lhe a sua confiança. A palavra ali que se poderia utilizar, auto estima, falta-lhe a confiança exacta para poder abanar a sua espinha e sentir o arrepio fatal de quem está apaixonado. Os seus dedos percorriam o corpo a procura de um sentir diferente, mas era o toque de a muitos anos o mesmo tocar gasto de si própria. Sentia os calos do seu imaginário pouco imaginativo. O suspiro, o arfar de emoções que pouco ou nada saíam a não ser as habituais lamentações da sua ainda curta mas intensa vida. Uma vida cruel aos seu olhos, fiel no imaginário de quem a sente.

Lá fora, esperam famintos quem nem lobos desenfreados que a sua mente se abra a vida, que não se deixe de levar pelos mais inóspitos pensamentos recrutados em nada e por nada.
Cai uma lágrima diária, que consegue esvaziar a alma de um sentimento simples e cruel, mas que precisa de ar e de luz para que não se torne numa pedra pouco ou nada preciosa, que custa a carregar durante o resto de uma vida que pouco ou nada se sabe, mesmo que controlada.

Apeteceu-me

"Sempre que fugimos somos apanhados por nós próprios em contrapé" Charles la Folie

5 comentários:

Wakewinha disse...

O segredo pode ser mesmo esse, mas o problema chega quando, ao invés de uma lágrima, caem muitas e em uníssono! É mais do que uma pedra em si nada preciosa... =(

Beijito de boa semana*

Anónimo disse...

eu acho k todos deviam deixar cair essa tal lagrima diaria.
havia de fazer bem a muito boa gente!

augustoM disse...

O real nem sempre se compromete com o imaginário.
Um abraço. Augusto

Carapaus com Chantilly disse...

P'ra já Homem que é Homem não chora! Depois se é pra verter água ao menos que seja num canteiro!
:P

Numa nota mais séria, não me parece mal que o real e o imaginário não se confundam e muitas vezes nunca se encontrem. Sem um como haverá o outro?

Eu disse...

Carlos,

Obrigado pelo comentário no nosso blog. Tu também escreves bastante sem sentido. Ou então com um sentido só teu. Acho que estamos todos na mesma onda. Percebeste? "Onda"? Não....?

Abraço!