sexta-feira, outubro 07, 2005

Saxofone


(...) Por ali todos conheciam a harmonia da sua musica, as notas que saiam do seu saxofone eram puras e límpidas. As suas musicas confundiam-se com os sonhos, com os mais profundos sonhos que alguém quer muito... sonhos que raramente se transformam em realidade, por um facto simples:
- artistas como ele vivem numa ilusão constante só assim é possível, compor, compor daquela maneira e daquela forma e com aquele corrente que nos estremece o corpo.


(...) As folhas teimavam em cair, apesar do tempo ser já um tempo de Outono onde a folhagem deve despir a sua progenitora. Elas continuavam a resistir e por agora aquela dança desbravada de cada folha, insistia em ficar hibernada por tempo indefinido.


(...) Nem sempre os seus sons eram compreendidos, muitas vezes aquela magia era demasiada avançada para os ouvidos pouco treinados ou treinados para outros sons mais brejeiros. Mas a verdade é que nem sempre as pessoas são compreendidas quer pela musica, quer pela escrita ou pela pintura, a arte não é compreendida assim como os números, não os de Circo mas os números, os mais puro dos números.

(...) Era centenária aquela arvore vestida de uma vasta roupagem, uma roupa, uma já velha roupa em tons castanho, vários tons de castanho, um sem numero acastanhados, ou não fosse aquele castanheiro um dom da natureza, quer pelo seu porte quer pela sua longevidade.




(...) Adorava subir aquele morro pela tardinha onde via o por do Sol. Poisava a sua maleta ali bem perto, abria-a e retirava de lá dentro o seu Saxofone. Preparava-o, olhava para o por do Sol, e ali com aquele velho castanheiro como testemunha, fazia o seu Saxofone chorar de prazer aquelas melodias que só ele sabia tocar e inventar.


Apeteceu-me


"A robustez da nossa imagem nem sempre identifica o nosso ser" Charles de la Folie

23 comentários:

Anónimo disse...

Ops, perdi a rota e voei até aqui; a música que sai de um saxofone sai sempre (digo eu) incrivelmente triste; quem a toca tem que ter necessáriamente um espírito rebelde, marginal, triste e sobretudo genial; Os excertos dos textos que escolheste são, em si, textos poéticos e sedutores de ler;

Anónimo disse...

perfeito

Maria Carvalho disse...

Nem sempre a robustez que é observada mostra a realidade. Também este um texto para esta estação do ano, acompanhada do saxofone, traz ainda mais melancolia. Um beijo

pisconight disse...

Não concordo que o som do saxofone tem que ser sempre triste, aliás basta pensarmos nos "Marretas"(musica do início) ou até numa musica chamada de "Fiesta" (Despe e siga / Illegales / OPUM DEI) que é bastante animada.
Quanto ao escrito, acho que não vale a pena mais elogiar senão vou deixar de ter o que comentar ;)

Anónimo disse...

monica, monica. tão discreta

Su disse...

gostei da foto
e gosto de ouvir saxofone
jocas maradas

[GuTo] disse...

Que momento de tranquilidade..

Oma Eddie disse...

Olha... fiquei quase comovida com o que aqui li! Há paixões e paixões, vivências e vivências, mas para mim não há nada como viver a paixão da música!

Anónimo disse...

Um homem desencantado ou uma mulher à procua de encanto.

Anónimo disse...

números

Unknown disse...

Amigo, hoje vim para convidar-te para o 1º aniversário do Eu Sei Que Vou Te Amar... és peça importante nesta história, afinal é também por ti que ele existe!
Deixo-te muitos beijos, flores e sorrisos!

GNM disse...

Está muito bom!
E a musica gerauma envolvencia excelente...

Bom fim de semana!

Bino disse...

Riders on the storm
Riders on the storm
Into this house we’re born
Into this world we’re thrown
Like a dog without a bone
An actor out on loan
Riders on the storm

There’s a killer on the road
His brain is squirmin’ like a toad
Take a long holiday
Let your children play
If ya give this man a ride
Sweet memory will die
Killer on the road, yeah

Girl ya gotta love your man
Girl ya gotta love your man
Take him by the hand
Make him understand
The world on you depends
Our life will never end
Gotta love your man, yeah

Wow!

Riders on the storm
Riders on the storm
Into this house we’re born
Into this world we’re thrown
Like a dog without a bone
An actor out alone
Riders on the storm

Riders on the storm
Riders on the storm
Riders on the storm
Riders on the storm
Riders on the storm


Bom fim de semana.
Se der tempo ainda cá volto. Tenho andado sem tempo nenhum pá.
Aquele abraço.

Micas disse...

Grata por este momento de pura magia. Bom fim de semana

Madeira Inside disse...

Olá!!
Muito boa esta leitura!!
Que o Saxofone nunca deixe de tocar!!!!

Bjs
Bom fim-de-semana

Anónimo disse...

Desculpa a ousadia, mas vim cá buscar um pêssego, ok? É que, na próxima vez, quero cá vir parar pelo caminho mais curto;

Anónimo disse...

eu ca gosto mais de pianos.
mas isso soo só eu...

bjinho*

[Manú] disse...

Adorei o texto e a música que está no blog(de qual banda é?)Combinou tudo,e eu fiquei aqui a imaginar como seria a música,o som que saía do saxofone...Abraços!Posso te colocar em meus favoritos?

Anónimo disse...

travessias no deserto.
quem já ouviu esta lenga lenga?

Anónimo disse...

deves ter o cu de fora com essa saia tão curta, cheira-me que andas a procura de alguma coisa, mas imaginação é coisa que ´não deve ter.

Gabriel disse...

Só abstraindo deste mundo para compor...

Palas disse...

Gostei da imagem e se a observarmos bem vimos mais qq coisa.

Dulce Gabriel disse...

Essa paisagem,parece o Outono na serra da Gardunha.è gira esta página..